Crítica: Boa Sorte, Leo Grande quebra paradigmas sobre sexualidade
Estrelada por Emma Thompson e Daryl McCormack, a obra estreia nos cinemas nesta quinta-feira (28/7)
atualizado
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Estrelado pela aclamada Emma Thompson e pelo galã Daryl McCormack, o filme Boa Sorte, Leo Grande estreia nesta quinta-feira (28/7). Uma comédia com um toque de drama, o longa mostra a relação de Nancy Stokes, uma viúva de 55 anos que se sente morta sexualmente, com Leo Grande, um garoto de programa bonitão contratado para que ela consiga ter um orgasmo.
O filme se passa quase todo em apenas um cenário: um quarto de hotel. Ao longo de quatro encontros, Nancy e Leo vão criando intimidade e se abrindo mais um para o outro. Professora aposentada de ensino religioso, com dois filhos e um antigo casamento sem muitas emoções, a personagem de Emma sente dificuldade de se entregar para o garoto de programa no início.
Metódica e com um roteiro a seguir nos encontros, Nancy aos poucos vai deixando ser levada pelo jovem, que sabe fazer o seu trabalho muito bem. Ele não fica preocupado em apenas a satisfazer sexualmente. Pelo contrário, escuta as queixas da mulher insegura e conduz tudo da forma mais natural possível, a ajudando a tirar o estereótipo que ela mesmo criou de si.
O longa está longe de ser um romance, na verdade, os dois se ajudam como amigos na trama. Com um passado conturbado e usando um nome falso para exercer sua polêmica profissão, o personagem de McCormack se sente a vontade com Nancy e vai abrir o jogo sobre sua vida.
A forma como a personagem fala sobre seu corpo e vida sexual no filme, se chamando de velha e demonstrando baixa autoestima, mesmo que de forma engraçada, vai fazer com que muitas mulheres se identifiquem, já que o prazer feminino ainda é um tabu na nossa sociedade. O filme com certeza consegue desconstruir um pouco disso.
Dirigido por Sophie Hyde, Boa Sorte, Leo Grande é uma obra intimista, com excelente atuação e forte em sua proposta de quebrar paradigmas sobre sexualidade.
Avaliação: Ótimo