metropoles.com

Crítica: Bad Boys Para Sempre dá update em policiais do passado

Com distância de 17 anos para o segundo filme, longa traz detetives vividos por Will Smith e Martin Lawrence encarando novos crimes e crises

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Sony/Divulgação
bad-boys-para-sempre-21
1 de 1 bad-boys-para-sempre-21 - Foto: Sony/Divulgação

Está na cara que Bad Boys Para Sempre pretende, entre outras coisas, renovar os policiais clássicos de Will Smith e Martin Lawrence e criar pontes para sequências. Os créditos finais deixam essa intenção às claras, caso o espectador não tenha se tocado que deverá ver Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) mais algumas vezes nos próximos anos.

Na era das franquias, até esses detetives e “assassinos do bem”, há duas décadas protegendo Miami de bandidões de toda sorte, conseguem cavar seu espacinho. Mas o retorno, como vem pedindo o cinema contemporâneo, exige ajustes.

5 imagens
Filme tem feito sucesso nas bilheterias mundiais e deve ganhar continuação
Burnett e Lowrey: policiais enfrentam cartel mexicano que se vinga de autoridades de Miami
Bad Boys abriu a tempora de "resgates" no início do ano, com uma continuação após 17 anos
Kate del Castillo no papel da vilã Isabel Aretas: apelidada de La Bruja pela polícia de Miami
1 de 5

Martin Lawrence e Will Smith: de volta aos papéis de Mike e Marcus após 17 anos

Sony/Divulgação
2 de 5

Filme tem feito sucesso nas bilheterias mundiais e deve ganhar continuação

Sony/Divulgação
3 de 5

Burnett e Lowrey: policiais enfrentam cartel mexicano que se vinga de autoridades de Miami

Sony/Divulgação
4 de 5

Bad Boys abriu a tempora de "resgates" no início do ano, com uma continuação após 17 anos

Sony/Divulgação
5 de 5

Kate del Castillo no papel da vilã Isabel Aretas: apelidada de La Bruja pela polícia de Miami

Sony/Divulgação

A trama, por sinal deveras batida, envolve uma onda de violência instalada em Miami. E parece bem importar bem menos do que a caracterização dos personagens principais e os conflitos geracionais – falaremos disso daqui a pouco.

Os alvos dos disparos: autoridades da segurança pública, todas elas envolvidas, anos atrás, na morte de um figurão do narcotráfico mexicano. Quando a viúva dele, Isabel Aretas (Kate del Castillo), foge da prisão, o plano de vingança começa a se desenrolar. Seu filho único, Armando (Jacob Scipio), é despachado para realizar as execuções.

O último corpo a tombar, ela arquiteta, é o de Lowrey. Só saberemos detalhes dessa vendetta na reta final do filme, num daqueles diálogos conta-tudo surgidos do nada.

Pois bem. Desconhecidos do público ocidental, os cineastas belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah entregam o que se espera de uma trama que dá continuidade a duas produções de Michael Bay, então um egresso da publicidade e do videoclipe quando dirigiu Bad Boys (1995): tiroteios faiscantes, explosões generosas, Lowrey e Burnett fitando o horizonte sob o sol de Miami, carrões disparando à toda em largas avenidas. Ação genérica e algo eficiente, mas aquém da extravagância nauseante e deslumbrante de Bay.

Superfície filme-de-ação-anos-1990 à parte, Bad Boys Para Sempre tenta reformatar esses velhos detetives. Lowrey acha que vai atazanar a bandidagem pelo menos até completar 100 anos, enquanto Burnett não vê a hora de se aposentar – acaba de virar avô. Mas o complexo mundo de hoje pede mais do que bravura.

Até por isso, Lowrey e Burnett não agem sozinhos. Uma divisão foi criada especialmente para articular métodos modernos de inteligência, tecnologia de ponta e armas não letais em investigações. No comando dela, Rita (Paola Nuñez). Na equipe, policiais, digamos, millennials e destemidos, como Kelly (Vanessa Hudgens).

As diferenças entre gerações exercem papel central, ainda que sutil, na dinâmica de buddy cop tão cara à franquia.

Isso inegavelmente cobra um preço, sobretudo quando o filme soa despreocupado e se abriga no conforto quentinho da nostalgia: Lawrence revisitando as caretas de sempre, os updates constantes na música-tema. Até os esboços de autoparódia – a cena de abertura, por exemplo – rapidamente se revelam atalhos para a autohomenagem.

Bad Boys Para Sempre exibe mais simpatia do que a média das sequências tardias. Ao mesmo tempo, parece negociar em excesso e sem chegar a um resultado satisfatório nessa transação narrativa entre recauchutar ídolos e trabalhar a estranheza de heróis do passado diante do presente.

Avaliação: Regular

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?