Crítica: Argylle transforma elenco estrelado em uma grande decepção
Com Dua Lipa, Henry Cavill e John Cena no elenco, Argylle é um filme de ação com ideias boas que são desenvolvidas de forma ruim
atualizado
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Argylle: O Superespião estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (1º/2). Cercado de expectativas por conta do grandioso elenco com Henry Cavill, John Cena, Dua Lipa e Samuel L. Jackson, o filme de ação é uma verdadeira decepção.
O enredo conta a história de Elly Conway, uma reclusa autora de uma série de romances de espionagem best-sellers. Ela é responsável por uma franquia literária de sucesso chamada Argylle, que conta a história de um agente secreto. Entretanto, os contos do livro passam a afetar uma organização de espionagem da vida real e colocam a vida dela em risco.
O começo do filme é empolgante, muito pela presença de Henry Cavill, Dua Lipa e John Cena contracenando de imediato. Por ser um filme de ação, a expectativa com as cenas iniciais é a melhor possível. Logo em seguida, porém, começam os primeiros indícios de que o longa-metragem vai decepcionar.
As cenas de ação são cortadas para explorar a vida monótona de uma escritora, que vive apenas pelo sucesso da franquia Argylle. Daí em diante, basicamente, as estrelas do elenco são deixadas de lado, perdem o protagonismo, e as ideias planejadas para o filme – que não são tão ruins – acabam sendo mal exploradas.
Um dos maiores erros da produção é não focar em uma história central. Durante as pouco mais de duas horas de duração, Argylle cria tantas reviravoltas que chega a desanimar quem assiste a produção. Sempre que o filme parece seguir um caminho, surge algo para mudar o rumo da história e estragar o que vinha sendo construído.
O mais decepcionante, sem dúvidas, é o final do filme. As reviravoltas são até suportáveis, imaginando o gênero ação, mas a tentativa de justificar a superprodução com cenas exorbitantes e descoladas do que foi construído anteriormente trazem uma sensação de desapontamento total.
Para não dizer que tudo em Argylle é ruim, fica a menção positiva para Dua Lipa, que entrega um dos poucos bons momentos do filme, e para Bryce Dallas Howard, protagonista que não tem culpa pela bagunça do filme e faz o possível para entregar o melhor do humor cômico para quem assiste.
Nota: Dó