Crítica: Aquaman 2 encanta nos efeitos especiais, mas tem enredo raso
Novo filme com protagonismo de Jason Momoa é um espetáculo visual, mas não surpreende e traz histórias com pouca profundidade
atualizado
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Após ser aclamado por interpretar o vilão Dante Reyes em Velozes e Furiosos 10, Jason Momoa retoma o protagonismo como Aquaman no segundo filme da franquia: O Reino Perdido. O filme estreia nesta quarta-feira (20/12) nos cinemas brasileiros e apresenta altos e baixos.
A produção será uma das últimas a ser lançada nas telonas em 2023, então, para quem quer ver um filme divertido e cheio de ação, é uma boa opção. Apesar de fazer parte do Universo de Heróis da DC, o longa-metragem pode ser assistido sem preocupações com histórias anteriores ou posteriores, visto que funciona de forma quase independente.
O espetáculo em Aquaman 2: O Reino Perdido fica por conta dos efeitos visuais e sonoros. Com muitas cenas de luta, sejam elas na terra ou no mar, o público pode esperar uma imersão quase interativa, com a entrega de lindos combates entre os personagens.
Por outro lado, o enredo deixa a desejar. Com um clichê comum na história de personagens superpoderosos, que têm a família como ponto fraco, o filme gira em torno de um antigo poder libertado, colocando Aquaman e Atlântida em perigo.
As conexões feitas para o desenvolvimento do filme são rasas e pouco empolgam. As invasões territoriais são feitas de forma muito simples, sem estratégias ou explicações traçadas, como se não existisse resistência nos Reinos, mesmo sendo eles comandados e protegidos por criaturas cheias de poder.
O mais decepcionante é a espera por um grande combate final, que simplesmente não existe. O conceito de uma superforça maligna é construído por mais de duas horas e, na hora que ela surge, acaba evaporada em poucos minutos. Com tantas cenas de ação, o clímax final devia ter sido explorado com mais carinho.
Poderia dizer que Aquaman 2: O Reino Perdido coroa o ano ruim dos filmes de heróis no geral. Talvez, em 2024, seja o momento dos diretores e roteiristas apresentarem novidades para que o gênero não perca o apelo popular.
Avaliação: Regular