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Crítica: “Angry Birds” mistura patetices e piadinhas para os crescidos

A animação adapta o popular joguinho para smartphone. Na trama, pássaros bravos enfrentam misteriosos porcos verdes

atualizado

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Sony/Divulgação
Angry Birds
1 de 1 Angry Birds - Foto: Sony/Divulgação

Poucos produtos são tão conhecidos na cultura de celulares e smartphones quanto o joguinho “Angry Birds”. Com um conceito simples e intuitivo, o usuário catapulta passarinhos nervosos contra as casas e fortalezas de uma gangue de porcos verdes. E só. No filme, o desafio é dar sentido e personalidade aos bichinhos numa narrativa de 97 minutos.

Estreantes na direção, os animadores Clay Kaytis e Fergal Reilly adaptam roteiro de Jon Vitti, experiente produtor e autor de scripts de “Os Simpsons” e “Alvin os Esquilos”. Espere, então, um visual colorido nos padrões de qualquer outra grande animação recente, como “Minions”, e um roteiro tão bobo quanto esperto, cheio de piadinhas internas para os adultos e tiradas de duplo sentido.

Numa escala dez vezes menor que a de “Zootopia”, a ilha de “Angry Birds” abriga pássaros que não voam – e parecem satisfeitos com isso. Bravo por qualquer coisa, Red é obrigado a participar de um grupo de ajuda. Lá, conhece o veloz Chuck, o obviamente explosivo Bomba e o gigantesco Terence, que se resume a murmurar.

Humor para todos e de poucos acertos
Quando porcos verdes chegam à região, o quarteto tentará expulsá-los da maneira que já conhecemos: com um estilingue gigante na mira da megacidade erguida pelos forasteiros. A animação até tenta trazer a jogabilidade para a telona, numa narrativa que de fato funciona como fases de um game: cada etapa é mais difícil que a anterior, com mini-chefões e dificuldades renovadas.

Ainda assim, fica a impressão de que “Angry Birds” poderia ter sido um filme mais amalucado e psicodélico. As cores bonitas acompanham de perto patetices repetitivas, como os constantes acessos de raiva de Red.

Em um raro momento inspirado, Red é visto solitário na ilha, enquanto a trilha toca aquele terrível cover de “Behind Blue Eyes” (The Who) tocado pelo Limp Bizkit. Os passarinhos são mais divertidos na telinha de um smartphone.

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “Angry Birds – O Filme”.

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