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Crítica: A Voz Humana estreia como aposta ousada de Pedro Almodóvar

Primeiro filme em inglês produzido pelo diretor espanhol chega às plataformas digitais na sexta-feira (29/10)

atualizado

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a voz humana
1 de 1 a voz humana - Foto: Reprodução

Primeira produção em inglês de Pedro Almodóvar, A Voz Humana aborda o abandono feminino de forma sensível e intrigante, e conta com Tilda Swinton (As Crônicas de Nárnia) como protagonista e peça central do filme.

A trama acompanha uma mulher à espera da ligação do marido que acabou de deixá-la. Sob o olhar atento do cachorro do ex, também abandonado, ela finge estar bem, mas logo perde o controle. O drama teve uma versão adaptada para o cinema em 1966, com a atriz Ingrid Bergman.

7 imagens
Desiludida, ela coloca fogo no palco
Ela se arruma para ficar em casa e esperar o ex voltar
A personagem de Tilda compra um machado logo no início do filme
Cena da gravação do curta
Capa do filme A Voz Humana
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A mulher sofre por ser abandonada

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Desiludida, ela coloca fogo no palco

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Ela se arruma para ficar em casa e esperar o ex voltar

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A personagem de Tilda compra um machado logo no início do filme

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Cena da gravação do curta

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Capa do filme A Voz Humana

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Pedro Almodóvar e Tilda Swinton

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No curta, Almodóvar destaca a sensibilidade da produção desde o início, com Swinton em um vestido de baile vermelho da grife Balenciaga, vagando por um palco que logo se revelou pertencer ao apartamento em que vive sua personagem – que não tem nome.

Lindamente decorado, a moradia de Tilda é revestida com cores vibrantes e móveis requintados, contrastando com o ar melancólico e descontrolado da mulher recém abandonada pelo companheiro, após quatro anos de casamento.

Com o andar do filme, o diretor se mostra disposto em permitir que o comportamento da personagem seja visto como uma jornada para o fechamento, em vez de apenas muitas tentativas de manter um relacionamento que já se foi.

Há uma dignidade teimosa na maneira como Swinton atua, mesmo quando se desmorona, proporcionando uma sensação de que todas as grandes emoções são válidas, mesmo aquelas que acompanham a dor. O curta-metragem é uma adaptação de trinta minutos da peça homônima do poeta francês Jean Cocteau (1889-1963), de quem o cineasta espanhol é fã.

Avaliação: Regular

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