Crítica: A Primeira Noite de Crime repete erros da saga de terror
Filme é o quarto da franquia e estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (27/9)
atualizado
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A Primeira Noite de Crime é o clássico caso do filme com um boa proposta mal executada. O longa integra a saga que narra as 12 horas de expurgo onde a população norte-americana é liberada para cometer todo tipo de crime, incluindo homicídio, além de explorarem seus instintos mais violentos.
Um dos acertos está na troca de diretores. Entrou Gerard McMurray e saiu o norte-americano James DeMonaco, responsável pela direção dos três primeiros longas: Uma Noite de Crime; Uma Noite de Crime: Anarquia; e Uma Noite de Crime 3. Como resultado, o quarto filme da franquia, com estreia marcada para esta quinta-feira (27/9), é o mais consistente.
No entanto, o roteiro de autoria do ex-diretor da saga, James DeMonaco, repete os mesmos erros das outras gravações ao abrir mão do terror psicológico, insistir em um enredo raso de personagens superficiais e ao apelar para clichês – estragando a narrativa e deixando o espectador desapontado.
Os números reforçam a descrença dos espectadores quanto a qualidade da saga. A Primeira Noite de Crime teve a pior estreia da franquia nos Estados Unidos com apenas US$ 2,5 milhões arrecadados na noite de estreia.
Uma das justificativas dadas pela Universal Pictures, distribuidora do filme, para o baixo engajamento, foi a forte concorrência com a estreia de peso de Homem-Formiga e a Vespa, da Marvel, lançado nos EUA na mesma semana.
O filme narra a história da primeira noite de expurgo. Quando o partido postulante à presidência dos Estados Unidos, os Novos Pais Fundadores da América, assume o poder e propõe o expurgo como experimento social a fim de erradicar problemas de violência no país.
No entanto, a proposta do experimento social se perde quando os idealizadores se aproveitam da proposta para tentar exterminar a comunidade mais pobre e violenta de Staten Island, cidade experimental escolhida.
Para estimular a participação da população, os Novos Pais Fundadores da América oferecem estímulos financeiros aos moradores da cidade, incluindo remunerações maiores àqueles que participarem ativamente da onda de violência. A aposta de Gerard em inserir o enredo em uma temática de disputa social e debate político é interessante e configura um dos poucos acertos do longa.
Outro ponto positivo é a boa atuação do ator Rotimi Paul. Ele protagoniza as cenas mais angustiantes e assustadoras do longa ao interpretar Skeletor, um psicopata viciado em drogas com um objetivo apenas: matar o maior número de pessoas durante as 12 horas “de libertação”.
Avaliação: Regular