Crítica: “A Morte Te Dá Parabéns” entrega divertido roteiro de terror
Filme dirigido por Christopher Landon homenageia o terror e surpreende os espectadores ao usar de forma inovadora os clichês do gênero
atualizado
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“A Morte Te Dá Parabéns” se baseia em dois recursos batidos no terror. A prisão no tempo, em que a vitima é obrigada a reviver seus últimos momentos incansavelmente, e a existência de um assassino “stalker” — somente identificado no final às custas de muito sofrimento.
Porém, é nessa união entre os dois clichês que, o filme dirigido por Christopher Landon (“Paranoia”), acerta. Sem abusar da nostalgia pela semelhança com as fitas “Feitiço do Tempo” (1993) e “Pânico” (1996) nem transformar tudo em uma grande caricatura, “A Morte Te Dá Parabéns” entrega roteiro divertido e até mesmo surpreendente.
Presa num loop temporal, Tree (personagem bem convincente de Jessica Rothe) se vê obrigada a enfrentar uma série de clichês do terror – luz piscando, carros sem funcionar, amigos com sede de vingança e, como não podia deixar de ser, aparições inesperadas do assassino. A diversão fica por conta de como a protagonista lida com cada uma dessas situações e os caminhos tomados pelo roteiro.
Não há cenas de sexo apimentado, violência gratuita e sangue espirrando em grande quantidade – ponto extra para o filme. A história centra-se na redenção (atrapalhada) da protagonista, que percebe os problemas de sua trajetória ao tentar identificar os suspeitos de seu assassinato (ela reconhece que muitos teriam motivos para matá-la).Assim, “A Morte Te Dá Parabéns” não é um filme que busca ser um marco no cinema do terror nem traz cenas memoráveis para um cinéfilo, mas faz bem ao apostar num roteiro simples e limpo que, de certa forma, homenageia o gênero e surpreende os espectadores.
Avaliação: Bom