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Crítica: A Escola do Bem e do Mal tenta ser conto de fadas moderno

O novo filme de fantasia adolescente da Netflix tem grande elenco e boas premissas: nem sempre tão bem executadas

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personagens de mãos dadas em entrada de castelo em cena do filme "A Escola do Bem e do Mal", na Netflix - Metrópoles
1 de 1 personagens de mãos dadas em entrada de castelo em cena do filme "A Escola do Bem e do Mal", na Netflix - Metrópoles - Foto: Helen Sloan/Netflix

A Escola do Bem e do Mal, à primeira vista, parece mais uma tentativa de se ter um “novo Harry Potter”. Mas, o novo filme de fantasia adolescente da Netflix é (pro bem ou pro mal) mais do que isso: é, ao mesmo tempo, uma audaciosa tentativa de desmontar a estrutura dos contos de fadas, porém, acaba caindo no mesmo clichê de sempre.

Sophie (Sophia Anne Caruso) e Agatha (Sofia Wylie) vivem em uma pacata vila e, desde pequenas, são acostumadas a serem excluídas. A primeira, então, amante dos contos de fadas, deseja sair de lá para ir à Escola do Bem e do Mal. A segunda, desconfiada, a segue nessa aventura.

Sophie que sonhava em ser princesa: vai para o lado do mal. Agatha, sempre chamada de bruxa, termina na escola de princesas. Aqui, então, entra um elenco de estrelas com Laurence Fishburne, Kerry Washington, Charlize Theron e Michelle Yeoh.

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Charlize Theron no papel de Lady Lesso
Laurence Fishburne em A Escola do Bem e do Mal
A Escola do Bem e do Mal
Kerry Washington como a professora Dovey
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Sophia Anne Caruso como Sophie

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Charlize Theron no papel de Lady Lesso

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Laurence Fishburne em A Escola do Bem e do Mal

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A Escola do Bem e do Mal

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Kerry Washington como a professora Dovey

Boas premissas

A Escola do Bem e do Mal tem dois objetivos claros: desmontar a polarização tão comum aos contos de fada e mostrar que o amor verdadeiro nem sempre significa a salvação de um príncipe encantado. Ou seja, é um conto de fadas moderno que tentar subverter a forma dos clássicos.

(Aqui vale um comentário: o filme é baseado na série best-seller mundial escrita por Soman Chainani. No entanto, a análise aqui é exclusivamente sobre o longa da Netflix, dirigido por Paul Feig)

Se as premissas e o elenco são pontos altos da trama, as ideias não são bem trabalhadas por Feig, que, além de abusar do CGI, é bastante apressado ao trabalhar tudo. Mesmo em 2h30 de filme, fica a sensação de que as coisas não foram bem explicadas – seja visual ou textualmente.

Por exemplo, a ideia de um mundo mais cinza do que preto e branco acaba sendo soterrado por um roteiro tão engajado em provar seu ponto que vira uma paródia de si mesmo. E termina concluindo o que não queria dizer.

Mas, não se engane, A Escola do Bem e do Mal tem seus bons momentos: sobretudo as sequências de Sophie; as músicas de Olivia Rodrigo e Britney Spears; e um visual que, mesmo completamente digital, consegue algum impacto.

A Escola do Bem e do Mal, que promete uma continuação, pode ser um conto de fadas moderno, mas precisa ainda melhorar um pouco.

Avaliação: Regular

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