Crítica: A Casa Sombria é um bom e intrigante filme de terror psicológico
No longa, Beth (Rebecca Hall) vive o luto pela perda do marido, Owen (Evan Jonigkeit), que tira a própria vida em circunstâncias misteriosas
atualizado
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Como um bom filme de terror psicológico, A Casa Sombria consegue temperar elementos de fantasia em uma trama que, na maior parte do tempo, parece ter os dois pés fincados no chão.
O longa de David Bruckner, do longa de terror da Netflix O Ritual, estreou em 2020 no Festival de Sundance, mas só agora chega aos cinemas brasileiros com distribuição da Searchlight Studios, braço da antiga Fox (agora Disney) especializada em investir em novos talentos.
No longa, Beth (Rebecca Hall) vive o luto pela perda do marido, Owen (Evan Jonigkeit), que tira a própria vida em circunstâncias misteriosas. O casal vive numa casa à beira de um lago cercado por uma floresta. De dia, o local é deslumbrante. À noite, é um cenário propício para a mente divagar em cantos sombrios.
É exatamente isso o que acontece, quando eventos sobrenaturais começam a acontecer quando Beth passa as noites solitária em sua casa. Estes acontecimentos levam a atormentada viúva, tomada pela dor e pela perda do marido, a descobrir uma vida secreta do cônjuge falecido.
O grande destaque fica pela atuação de Hall, cujo talento para o drama dá um peso à trama capaz de prender a atenção do espectador, alternando entre os diversos estágios do luto ao mesmo tempo em que os mistérios da vida de Owen e os segredos da casa vão se desvendando.
A fotografia também é um ponto alto, trabalhando bem o aspecto sobrenatural dos mistérios da casa recorrendo apenas a truques de câmera e efeitos práticos. O problema do longa, entretanto, acaba ficando com o roteiro, que não tem um bom ritmo e acaba deixando boa parte do desenrolar das descobertas de Beth para o terceiro ato, que leva a uma conclusão apressada e distante do clima de suspense estabelecido pela atuação de Hall.
De toda forma, A Casa Sombria é um bom filme de terror psicológico, capaz de intrigar o espectador navegando por um tema delicado com o toque certo de mistério.