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Crimes ambientais e dilema climático dominam filmes do Festival do Rio

Festival do Rio, que chega ao fim neste domingo (13/10), aborda a questão da sustentabilidade nas obras

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Foto colorida da atriz Bárbara Colen no filme Silêncio das Ostras - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da atriz Bárbara Colen no filme Silêncio das Ostras - Metrópoles - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro (RJ) – Apenas em 2024, o Brasil assistiu apreensivo às queimadas e também às enchentes que destruíram o Rio Grande do Sul. O retrato deste ano é a sequência de outro incidentes climáticos e ambientais, como os rompimentos de barreiras de mineiração. Tais questões, proeminentes no debate público, agora chegam ao universo cultural, como mostra a seleção de filmes do Festival do Rio.

O evento, que termina neste domingo (13/10), reuniu obras que abordam a relação entre o ser humano e a natureza, seja em documentários ou produções ficcionais, que trazem alertas e reflexões.

Um dos destaques foi Os Sonhos de Pepe, do jornalista Pablo Trobo. A obra abraça a filosofia do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, que tem o desejo de “deixar um planeta melhor para as gerações futuras”. Assim, as reflexões abordam um possível colapso climático, caso não haja mudanças no comportamento humano em relação à natureza.

O diretor defende que investir em sustentabilidade não está relacionado com vertentes políticas: “As mudanças climáticas são reais. Não são de direita ou esquerda”.

 

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Impacto na vida das pessoas

Em um caminho diferente de Os Sonhos de Pepe, a produção nacional O Silêncio das Ostras, mostra os impactos da mineração nas cidades e na vida das pessoas. A obra é estrelada pela atriz mineira Bárbara Colen, que está de volta às telonas após o sucesso em Aquarius e Bacurau.

Na trama, a protagonista Kaylane tenta ter esperanças mesmo após a vida dela ter sido levada pela lama do rompimento de uma barragem. “Como o filme retrata a destruição da vida dessas pessoas, espero que traga empatia”, comenta a atriz.

Ao ser perguntada sobre uma possível mudança de comportamento humano sob a natureza após o lançamento do longa, Bárbara confessou, ao Metrópoles, que acredita que “os filmes saem na hora que devem sair”.

Vale lembrar que Minas Gerais, estado natal da atriz, teve duas barragens rompidas em um período de quatro anos – primeiro em Mariana e, depois, em Brumadinho. Ambas as cidades ainda vivem com as consequências físicas e emocionais do acidente ambiental.

Outras produções

Além de O Silêncio das Ostras e Os Sonhos de Pepe, outras produções fizeram parte da programação. Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, documentário de Marco Altberg e Tainá De Luccas, deram voz a Davi Kopenawa Yanomami, líder indígena e defensor da Amazônia,

Também integraram a programação Transamazônia, O Efeito Casa Branca, Eu Sou Neta dos Antigos, As Gigantes, Architecton, Brincando nos Campos do Senho e Pataxó.

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