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Cosplay, novela e clima de culto. Veja como é uma sessão de “Os Dez Mandamentos – O Filme”

A equipe do Metrópoles viu o longa-metragem na noite desta quinta (28/1), data de estreia da produção baseada na novela da Record

atualizado

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Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles
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1 de 1 Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles - Foto: Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles

Por volta das 20h de quinta (28/1), uma hora antes do início de uma das sessões de “Os Dez Mandamentos – O Filme” no ParkShopping, um grupo de adolescentes vestia trajes bíblicos no saguão do centro comercial. Eles sequer estavam ali para ver o filme – tinham ingressos somente para o dia seguinte, sexta (29/1).

Eram meninos e meninas de Samambaia Sul, todos membros da Igreja Universal do Reino de Deus – instituição ligada à Record, a emissora dona da novela e do filme recém-lançado. “Vim de Maya (personagem do programa)”, disse Nicole Simon, 16 anos, uma das adolescentes da turma. “Ele (o filme) é o único baseado realmente na Bíblia. Por isso tem chamado tanto a atenção dos espectadores”, acredita ela, rodeada por outros jovens de cosplays religiosos e dois líderes da Universal, vestidos de preto.

O grupo só estava ali por uma razão: bater fotos à frente de um cartaz promocional justamente no dia da estreia do filme. Segundo a Paris Filmes, distribuidora da produção no país, foram 3,2 milhões de ingressos vendidos até o lançamento, com exibição em 1,1 mil salas.

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“A gente é cristão. Adorei ver algo bíblico na tela”, diz Graziella Brito, ao lado marido, Neirimar, e de um dos filhos, Pedro

 

Famílias, mulheres e poucos homens
O clima de grande lançamento – ao menos para o público cristão e evangélico – rendeu filas antes da entrada na sessão, às 21h, e breves sessões de fotografia por celular diante de um pôster. Famílias inteiras dividiam baldes de pipoca e copos de refrigerante, mas a fatia mais representativa da plateia era composta por mulheres.

Professora de ensino especial, Graziella Brito levou o marido, Neirimar, e um dos filhos, Pedro, para a sessão. “Estou muito ansiosa”, diz a espectadora, de 43 anos. “A gente é cristão, né? Adorei ver algo bíblico na tela”, conta, em tom de crítica às novelas da Globo, principal concorrente da Record. “Não vejo Globo. É uma porcaria”, comenta.

Ela quase não conseguiu ingresso para a estreia, o que deixou Pedro um tanto bravo. “É até melhor que os filmes que ele costuma ver (de ação e comédia). Porque é uma história verídica”, continua a fã, enquanto o filho, servindo-se de pipoca, confirma com um aceno. Graziella, Neirimar e Pedro frequentam a igreja pentecostal Nova Vida, no Guará.

A jovem Taynã Barreto, de 25 anos, também levou a família para a sessão: o marido, Emanoel Trigueiro, a irmã, Thais, e a mãe, Ainoã Lopes. “A novela foi muito bem feita. É tudo muito real, a transição da Bíblia para a televisão funcionou muito bem com os atores”, diz a recepcionista, moradora de Santa Maria e filiada a uma igreja Assembleia de Deus.

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Tayná Barreto, evangélica da Assembleia de Deus: “Muito bem feito e realista”.

 

Clima de novela e culto
Uma sessão de “Os Dez Mandamentos – O Filme” tem certas particularidades. A maioria dos espectadores entrou cedo na sala, entre 15 e 20 minutos antes do apagar das luzes. Em sessão esgotada – mas não completamente lotada –, até os trailers foram incomuns.

Se um filme de herói sempre é precedido por prévias de outros filmes de herói, a saga bíblica da Record foi aquecida pelos futuros lançamentos “Ressurreição” (sobre o retorno de Jesus Cristo à vida, sob a ótica de um soldado romano), “Deus Não Está Morto 2” (sequência do sucesso gospel de 2014), e “O Jovem Messias” (autoexplicativo).

“Os Dez Mandamentos” começou de fato quando a logomarca da Record surgiu na tela. Ao longo da projeção, o público se comportou como se estivesse num culto evangélico matutino: alguns murmúrios nas cenas mais aguardadas – Moisés (Guilherme Winter) se apaixonando por Zípora (Giselle Itié), as dez pragas e a abertura do Mar Vermelho – e um ou outro cochicho sobre passagens já mostradas na novela.

Na tela, emoções exageradas acompanhavam cada passo de Moisés, desde a infância à libertação do povo de Israel do domínio egípcio. A atmosfera era de último capítulo de novela: todos atentos, uma certa tensão e muita ansiedade pelo tão prometido final inédito. Narrada por Josué, sucessor de Moisés, a um pelotão de soldados, a história cria um gancho para a segunda temporada da novela, prevista para março.

Não houve aplausos ao fim da sessão, mas algumas pessoas se levantaram dos assentos com os olhos marejados. Mais animada do que comovida, uma jovem desceu na direção da primeira fila de cadeiras e pediu para alguém tirar uma foto sua enquanto desciam os créditos finais.

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