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Coringa: em carta, Warner responde à polêmica em torno do filme

Além do estúdio, o ator principal, Joaquin Phoenix, e o diretor, Todd Phillips, também defenderam o filme

atualizado

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Joaquin Phoenix Coringa RED
1 de 1 Joaquin Phoenix Coringa RED - Foto: Reprodução

Após o silêncio da Warner Bros. acerca de uma carta escrita por parentes das vítimas de um ataque num cinema de Aurora, no Colorado, em 2012, o estúdio finalmente respondeu em uma declaração enviada à Entertainment Weekly. A carta expressava a preocupação das famílias em relação à trama do filme Coringa, que trata de um indivíduo isolado da sociedade que resolve se vingar através da violência – o mesmo perfil do atirador no ataque.

“A violência com armas em nossa sociedade é um problema crítico, e oferecemos a nossa simpatia para todas as vítimas e famílias impactadas com essas tragédias”, afirmou a Warner, estúdio responsável pelo filme. “Nossa companhia tem uma longa história de doações a vítimas de violência, incluindo Aurora, e nas semanas recentes, nossa empresa-mãe se juntou a outros líderes de empresas para convocar legisladores para promulgar legislação bipartidária para enfrentar esta epidemia”, continuaram.

“Ao mesmo tempo, a Warner Bros. acredita que uma das funções da narrativa é provocar conversas difíceis sobre questões complexas”, argumentou a empresa. “Não se engane: nem o personagem fictício do Coringa nem o filme são um endosso de qualquer tipo de violência no mundo real. Não é a intenção do filme, dos cineastas ou do estúdio enaltecer esse personagem como um herói”.

O diretor do filme, Todd Phillips, e o ator principal, Joaquin Phoenix, também defenderam o filme. Em entrevista à IGN, Phoenix afirmou: “Acho que para a maioria (das pessoas), (nós) podemos interpretar entre certo e errado”, afirmou o ator. “E estas não são as pessoas que são capazes de interpretar qualquer coisa do jeito que bem quiserem. Pessoas interpretam mal letras de canções. Interpretam mal passagens de livros. Então eu não acho que seja a responsabilidade do cineasta ensinar moralidade ou a diferença entre certo ou errado para a audiência. Para mim, acho que é óbvio”, concluiu.

Phillips ainda afirmou que “arte pode ser complicada e, na maioria das vezes, arte é propositalmente complicada”. “Se você quer arte descomplicada, talvez deveria experimentar caligrafia, mas fazer filmes sempre será uma arte complicada”, defendeu.

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