Conheça o Cine Joaquim, um espaço para ver e discutir filmes no DF
O cineclube funciona no Teatro dos Ventos, em Águas Claras, e conta com sessões de cinema gratuitas e conversas sobre os filmes exibidos
atualizado
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Inaugurado em outubro de 2019, o Cine Joaquim é uma iniciativa criada pelo roteirista de cinema Igor Cerqueira e pela arquiteta e cinéfila Bruna Ruperto para pessoas conversarem sobre cinema de um ponto de vista do público, sem um contexto acadêmico ou especializado. O cineclube funciona no Teatro dos Ventos, em Águas Claras, oferecendo uma sessão de cinema com entrada franca a cada duas semanas.
De volta em março deste ano, após um longo período de pausa por conta da pandemia, as sessões ocorrem geralmente na sexta-feira, às 20h. Após a exibição, um momento é reservado para que os presentes possam discutir sobre os filmes e trocar impressões sobre o que foi visto em cena.
“Pessoalmente, essa é a parte que eu mais gosto, porque nesse processo vão aparecendo as coisas mais interessantes, desde temas mais gerais que os filmes levantam até detalhes de linguagem do cinema. Como cada um tem um olhar diferente e se emociona com coisas diferentes, costuma ser bem imprevisível e enriquecedor para todo mundo”, conta Igor Cerqueira.
A curadoria, formada pelos dois fundadores do projeto, foca no cinema nacional, passando por curtas ou longas-metragens, documentários ou ficções, obras contemporâneas ou antigas e trabalhos de iniciantes ou clássicos consagrados.
“A escolha de focar em cinema nacional foi, simplesmente, porque esses são os filmes que não costumam passar nas salas de exibição mais comerciais. Problema que, aliás, piorou dramaticamente de 2018 para cá, é impressionante. E esse tipo de coisa, como se sabe, é o que dá origem a preconceitos sobre o cinema nacional: pessoas que nunca tiveram a chance de assistir a esses filmes, ou que só viram um ou dois deles, ficam com a impressão de que são todos iguais e todos ruins. Então o Cine Joaquim é um espaço, bem pequenininho, onde os filmes brasileiros e o público têm mais uma chance de se encontrarem”, explica o roteirista.
Além da sessão de cinema e das conversas sobre as produções, o Cine Joaquim – que recebeu esse nome em homenagem ao Joaquim Pedro de Andrade, cineasta que discutiu como poucos o patrimônio cultural brasileiro e experimentou muito com as possibilidades da linguagem do cinema – também entrega um folheto de bolso como brinde para os participantes. Informações sobre os filmes e dicas para quem quiser se aprofundar em assuntos discutidos estão presentes nele.
Cineastas como Dácia Ibiapina e o Ivan Viana, do curta Carneiro de Ouro; Rafael Lobo, do Luís Humberto: o olhar possível; Lorena Figueiredo, Intervenções Urbanas; e Tiago de Aragão, do Entre Parentes; já estiveram no local.
“De tempos em tempos a gente também faz questão de exibir filmes produzidos aqui no Distrito Federal, e essas sessões costumam ser bem especiais. Nesses casos a gente sempre convida alguém da equipe para participar da conversa, aproximando quem faz os filmes de quem assiste. A gente que trabalha com cinema às vezes esquece, mas tem muita gente Distrito Federal afora que passa a vida sem nem imaginar que existem filmes sendo produzidos por aqui”, afirma Igor.
Siga o Cine Joaquim (Teatro dos Ventos, Águas Claras, Rua 19 Norte, loja 05, Duo Mall) no Instagram e também no Facebook.
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