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- Foto: Reprodução
Apagamentos históricos e exclusão são os principais fatores que contribuíram para o esquecimento de realizadores negros ao longo da história do cinema mundial. O trabalho de inúmeros profissionais, homens e mulheres, foi ignorado por mais de um século de sétima arte. Essa produção cinematográfica esteve historicamente restrita a guetos, longe do circuito mainstream (convencional).
Ao longo dos anos, porém, a reivindicação por mais espaço e visibilidade tem modificado a distribuição e o acesso aos trabalhos de roteiristas, cineastas, produtores e atores negros. Muito ainda precisa ser feito rumo à igualdade, mas esses pleitos mudaram a percepção da indústria do entretenimento.
As produções de cineastas negros têm diversidade em gêneros e estilos. Muitos realizadores optaram por tratar de temáticas como racismo e opressão. É impossível falar em uniformidade nas obras de tantos profissionais.
O primeiro cineasta negro da história foi provavelmente o norte-americano Oscar Devereaux Micheaux. Nascido em Ilinois no ano de 1884, o realizador era filho de escravos alforriados. Seu trabalho era voltado para o público negro e, invariavelmente, abordava questões de raça. Morreu em 1951 e conta com 50 filmes no currículo.
Conheça alguns trabalhos de diretoras e diretores negros:
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A californiana Ava DuVernay é tão lacradora que, em apenas 10 anos de carreira cinematográfica, já entrou para os livros de história do cinema. É dela o marco de primeira diretora negra indicada a Melhor Direção no Globo de Ouro e Oscar pelo drama “Selma” (2014) e a primeira mulher afro a dirigir um filme com orçamento superior a US$ 100 milhões – o juvenil “Uma Dobra no Tempo” dos estúdios Disney
Jerod Harris/Getty Images
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O trabalho de Joel Zito Araújo prima pela questão racial e é um marco do cinema brasileiro. Como pesquisador, produziu o livro “A Negação do Brasil” (também transformado em filme), uma abordagem sobre o papel do negro nas telenovelas brasileiras. Como cineasta e roteirista, Araújo assina importantes títulos como As Filhas do Vento (2004) e Raça (2013)
Arquivo Pessoal
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Sabrina Fidalgo leva o gene das artes no sangue. Filha do Ubirajara Fidalgo e da produtora Alzira Fidalgo, fundadores da companhia Teatro Profissional do Negro (T.E.P.R.O.N), ela estreou nos palcos com apenas 2 meses de idade. Depois de vários cursos de especialização no exterior, Sabrina assina a direção do curta-metragem Rainha
Arquivo Pessoal
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O baiano Zózimo Bulbul iniciou a carreira cinematográfica como ator de filmes do Cinema Novo. Não se conformou com a representação dos negros na tela e passou a produzir e dirigir películas. “Alma no Olho” (1974) e “Abolição”(1988) são seus títulos mais conhecidos
Reprodução Internet
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O veterano Charles Burnett é considerado um dos principais cineastas americanos. Seus filmes retratam a intimidade das famílias afro-americanas
Kevin Winter/Getty Images
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Jordan Peele acumulou uma vasta carreira como ator antes de dirigir o seu primeiro filme. “Corra!" fala sobre o tema do racismo em clima de terror e suspense. O sucesso da fita colocou o título como um dos favoritos à indicação ao Oscar 2018
Maury Phillips/Getty Images
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Spike Lee é um dos principais nomes do cinema negro norte-americano em filmes com temas políticos. "Faça a Coisa Certa" é obrigatório para qualquer cinéfilo
Andrew Burton/Getty Images)
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Depois de dois filmes contemporâneos bem-sucedidos, “Hunger” (2008) e “Shame” (2013), McQueen dirigiu o drama de época “12 Anos de Escravidão”, vencedor do Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Lupita Nyong'o) e Melhor Roteiro Adaptado em 2014
Ian Gavan/Getty Images
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O paulista Jeferson De é autor de “Dogma Feijoada”, manifesto lançado em 2000, que contesta a imagem do negro no cinema brasileiro. Seu primeiro longa-metragem "Broder” foi lançado no Festival de Cinema de Berlim. Além da proeminente carreira cinematográfica, o realizador tem larga experiência na direção de programas televisivos
Arquivo Pessoal
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Primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, Adélia Sampaio estava esquecida até receber, recentemente, reconhecimento por suas obras. Amor Maldito é também o primeiro filme lésbico do Brasil