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Cineasta Nelson Pereira dos Santos morre no Rio de Janeiro aos 89 anos

Imortal da ABL faleceu em consequência de um câncer de fígado diagnosticado há 40 dias

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nelson pereira dos santos dvd caixa filmes cinema brasileiro
1 de 1 nelson pereira dos santos dvd caixa filmes cinema brasileiro - Foto: Bretz Filmes/Divulgação

Morreu neste sábado (21/4), aos 89 anos, o cineasta Nelson Pereira dos Santos, um dos nomes importantes do Cinema Novo. Ele estava internado havia uma semana no Hospital Samaritano, Rio de Janeiro. Às 17 horas, a família confirmou a morte, em consequência de um câncer de fígado diagnosticado há 40 dias.

Diretor de filmes fundamentais da história do cinema brasileiro, como Rio, 40 graus (1955) e Vidas Secas (1963), ele realizou seus últimos longas em 2012: os documentários A Música Segundo Tom Jobim e A luz do Tom. Além de dirigir, era roteirista de suas produções.

“Ele estava ótimo, não estava doente. Foi internado com uma pneumonia, na semana passada, que cedeu. Estava lúcido, mas cansado. Morreu sem dor, uma morte tranquila, com toda a família reunida”, disse a publicitária Mila Chaseliov, neta do cineasta.

Nelson teve quatro filhos e cinco netos. “Foi um avô muito presente. A gente tinha muitas discussões intelectuais. Foi quem me ensinou a beber uísque, num show, aos 19 anos. Me senti muito adulta na hora”, lembrou a publicitária.

O cineasta participou da formação intelectual dos netos, lembrou Mila. “Descobri como ele era importante ainda na escola. Todo mundo que encontro, quando descobre que sou neta do Nelson, fala do quanto ele é incrível”.

Em 2006, Nelson foi eleito para a Academia Brasileira de Letras na sucessão do diplomata Sergio Corrêa da Costa. Passou a frequentar a Casa de Machado com assiduidade e atuava na programação cultural da instituição.

Ele nasceu em 22 de outubro de 1928, em São Paulo. Formou-se advogado em 1952. A partir dos anos 1940, trabalhou como revisor e repórter em jornais como o Diário da Noite e O Tempo, na capital paulista. Nos anos 1950, no Rio, trabalhou no Diário Carioca e no Jornal do Brasil. Mais tarde, seria professor da Universidade Federal Fluminense, na qual foi fundador do curso de graduação em cinema.

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