Black Is King mostra que Beyoncé está em outro patamar na cultura pop
Projeto audiovisual da cantora está disponível no Disney+ – serviço chega ao Brasil apenas em novembro
atualizado
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Black Is King, filme dirigido por Beyoncé para o Disney+, é uma recriação audiovisual do live-action Rei Leão. No entanto, esta definição é simplória: a cantora vai além em seu mergulho no audiovisual e traz uma obra sobre ancestralidade, diáspora, empoderamento negro e antirracismo.
Beyoncé saiu nesta sexta-feira (31/8) no Disney+ – serviço de streaming que estará disponível no Brasil somente em novembro. O projeto Black Is King é a veia visual da trilha sonora do live action feito em 2019.
Ao longo dos 85 minutos, o filme traz diversas representações da história negra e de toda a riqueza (ignorada sistematicamente pelo mundo ocidental) da África. Essa temática vai se somando às músicas e a trama conhecida de Simba, Mufasa, Nala e Scar.
A narrativa, ao contrário do que se poderia prever inicialmente, não é uma sequência de clipes (muito) bem feitos, entremeados por cenas de corte. Beyoncé, em seu trabalho de direção, construiu uma linha argumentativa, unindo música e imagem de forma muito competente.
É igualmente impressionante como Beyoncé conseguiu em Black is King fazer uma verdadeira atualização da trama do clássico infantil. Ao contrário do conservadorismo do live-action O Rei Leão (também da Disney), a cantora propõe uma história que, mesmo falando de ancestralidade, é atual e com mensagem importante: o povo preto das Américas têm direito a conhecer sua história e por ela se empoderar.
Não é exagero falar que Beyoncé em seu projeto para Disney+ fez um filme mais interessante que a cópia digitalmente reconstruída do desenho infantil lançada em 2019.
Ao assinar uma peça do porte de Black is King, Beyoncé comprova que – usando o termo da moda – está em outro patamar no mundo da música pop.
Avaliação: Ótimo