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Bird Box: cinco razões que explicam o sucesso do filme da Netflix

Produção da plataforma de streaming acompanha uma mãe (Sandra Bullock) tentando proteger os filhos do apocalipse

atualizado

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1 de 1 bird-box2 - Foto: Netflix/Divulgação

Maior sucesso recente da Netflix, Bird Box protagonizou boa parte das conversas sobre cinema nas redes sociais entre o fim de 2018 e este comecinho de 2019.

Pelo menos metade (ou mais) dos críticos não achou o filme, estrelado por Sandra Bullock, grande coisa. Mas a repercussão popular é imensa. A produção imediatamente gerou fãs mundo afora – com gente criando até um desafio perigoso baseado nas vendas usadas pelos personagens na trama.

Na galeria abaixo, tentamos decifrar o que levou o drama apocalíptico a se tornar um hit da plataforma de streaming.

Cinco razões que explicam o sucesso de Bird Box:

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<b>Pegou carona na onda do chamado pós-terror.</b> É mais uma tendência do que propriamente um subgênero de cinema: tramas que se “disfarçam” de terror para comentar temas existenciais e filosóficos. Detratores do “movimento” veem nele uma pose um tanto arrogante, de longas que “se envergonham” de serem simples obras de terror. A onda começou há poucos anos e ganhou exemplares elogiados pela crítica e queridinhos do público, como A Bruxa (2015) e, mais recentemente, Hereditário (2018) e Um Lugar Silencioso (2018)
<b>É uma versão genérica e mais palatável de outros filmes.</b> Dizer que um filme é genérico pode jogar contra ele próprio. Não é o caso de Bird Box, que decalca uma série de outras produções melhores, como O Nevoeiro (2007) e Fim dos Tempos (2008). A Netflix transmite suas produções para um público muito amplo e diverso, não necessariamente cinéfilo. Nada como um terror sem monstros ou sustos para atingir milhões de assinantes. O longa fez sucesso porque a plataforma soube vendê-lo como <i>blockbuster</i> “profundo”, uma trama sobre uma mãe em crise que por acaso envolve monstros e o fim da humanidade
<b>Bom elenco.</b> O casting ideal ajudou a impulsionar o filme. John Malkovich faz um sujeito surtado, enquanto Trevante Rhodes, ator de Moonlight (2016) visto recentemente em Predador (2018), interpreta um homem dócil e preocupado com a saúde da grávida durona Malorie (Sandra Bullock). A aparição de Sarah Paulson como a irmã da protagonista é breve, mas eficiente
<b>Algoritmo da Netflix acertou em cheio.</b> O canal de streaming sempre soube se vender muito bem como alternativa descolada e, claro, caseira ao cinema de Hollywood. Mas a empresa também desenvolve suas próprias fórmulas criativas. Primeira série original do selo, House of Cards, por exemplo, nasceu do seguinte brainstorming: tema que todo mundo adora debater (política) + ator (na época) respeitado (Kevin Spacey) + diretor de prestígio (David Fincher, de Zodíaco e Clube da Luta). Deu no que deu: hit. Bird Box representa uma equação que articula a presença de Sandra Bullock, gênero popular (terror) sob um verniz misterioso e pouco explícito e tema de vulto universal (maternidade). O tal algoritmo da Netflix já falhou algumas vezes – Cloverfield Paradox e Bright, por exemplo. Não é o caso do drama apocalíptico
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Veículo para Sandra Bullock. A atriz é um dos rostos mais globais de Hollywood e vinha atuando relativamente pouco nos últimos anos. Antes de Oito Mulheres e um Segredo, outro filme lançado em 2018, ela protagonizou Especialista em Crise (2015), fez dublagem em Minions (2015) e estrelou Gravidade (2013) e As Bem-Armadas (2013). Sua filiação a uma história apocalíptica parece ser o chamariz perfeito para o grande público de assinantes da plataforma

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Pegou carona na onda do chamado pós-terror. É mais uma tendência do que propriamente um subgênero de cinema: tramas que se “disfarçam” de terror para comentar temas existenciais e filosóficos. Detratores do “movimento” veem nele uma pose um tanto arrogante, de longas que “se envergonham” de serem simples obras de terror. A onda começou há poucos anos e ganhou exemplares elogiados pela crítica e queridinhos do público, como A Bruxa (2015) e, mais recentemente, Hereditário (2018) e Um Lugar Silencioso (2018)

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É uma versão genérica e mais palatável de outros filmes. Dizer que um filme é genérico pode jogar contra ele próprio. Não é o caso de Bird Box, que decalca uma série de outras produções melhores, como O Nevoeiro (2007) e Fim dos Tempos (2008). A Netflix transmite suas produções para um público muito amplo e diverso, não necessariamente cinéfilo. Nada como um terror sem monstros ou sustos para atingir milhões de assinantes. O longa fez sucesso porque a plataforma soube vendê-lo como blockbuster “profundo”, uma trama sobre uma mãe em crise que por acaso envolve monstros e o fim da humanidade

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Bom elenco. O casting ideal ajudou a impulsionar o filme. John Malkovich faz um sujeito surtado, enquanto Trevante Rhodes, ator de Moonlight (2016) visto recentemente em Predador (2018), interpreta um homem dócil e preocupado com a saúde da grávida durona Malorie (Sandra Bullock). A aparição de Sarah Paulson como a irmã da protagonista é breve, mas eficiente

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Algoritmo da Netflix acertou em cheio. O canal de streaming sempre soube se vender muito bem como alternativa descolada e, claro, caseira ao cinema de Hollywood. Mas a empresa também desenvolve suas próprias fórmulas criativas. Primeira série original do selo, House of Cards, por exemplo, nasceu do seguinte brainstorming: tema que todo mundo adora debater (política) + ator (na época) respeitado (Kevin Spacey) + diretor de prestígio (David Fincher, de Zodíaco e Clube da Luta). Deu no que deu: hit. Bird Box representa uma equação que articula a presença de Sandra Bullock, gênero popular (terror) sob um verniz misterioso e pouco explícito e tema de vulto universal (maternidade). O tal algoritmo da Netflix já falhou algumas vezes – Cloverfield Paradox e Bright, por exemplo. Não é o caso do drama apocalíptico

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