Compartilhar notícia
Quando começou seus primeiros passos de dança, numa escola no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, Thiago Soares nem imaginava que um dia dançaria para a rainha Elizabeth II, conquistando sua simpatia, a ponto de a monarca ir ao palco cumprimentá-lo.
“Nunca fui recebido por nenhum líder do Brasil”, lamenta ele, com toda a razão. Mas se ele não se abalou com as dificuldades enfrentadas no início da carreira, não vai ser isso que vai impedi-lo de continuar a brilhar como um dos maiores dançarinos do mundo. Não à toa, ele conquistou o posto de Primeiro Bailarino do Royal Ballet de Londres. No curta “Vermelho quimera”, recém-lançado no Festival de Cannes e prestes a estrear no Brasil, ele atua como diretor e ator.
Thiago Soares segue se reinventando, sem nunca se distanciar da dança. Em conversa exclusiva com o NEW MAG, ele fala da vida, das dificuldades no início da carreira, da grata surpresa de ter chegado tão longe e anuncia que está se preparando para uma nova turnê pelo mundo que pode ser sua última.
Você teve uma infância simples, primeiramente em São Gonçalo e depois em Vila Isabel. Hoje, você é um dos principais dançarinos do mundo, com conquistas muito marcantes em sua carreira, inclusive já tendo dançado para a rainha Elizabeth II. O que isso significou na sua trajetória?
Foi incrível como pessoa. Eu tive a oportunidade de estar com ela algumas vezes, algumas com a imprensa junto, tirando fotos, mas outras não. Lembro da primeira vez em que estive com ela, não tinha imprensa nem fotógrafos, e passou um filme na minha cabeça. É meio surreal, da arte que me escolheu, da arte que eu escolhi, de alguma forma ter me levado tão longe. Sem dúvida, eu hoje me dou conta de que fui muito além do sonho que eu sonhei lá atrás. Eu sonhava alcançar coisas, mas, de uma forma muito bonita e muito mágica, isso foi muito além. Nessa primeira vez que estive com ela, eu pensei: Caramba, eu nunca fui recebido por nenhum líder do Brasil ou nada desse tipo e estou aqui com a rainha Elizabeth me perguntando de onde venho, qual a minha cidade. Essa minha jornada tem sido muito bonita. Óbvio que nem tudo são flores, é um trabalho lento, dolorido, frustrante, porque é muita dedicação para pouco prazer. Mas também quando dá certo, é extremamente satisfatório. Eu me sinto um privilegiado.
Leia a matéria completa no New Mag, parceiro do Metrópoles.