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Bacurau: 4 razões para assistir ao filme brasileiro premiado em Cannes

Longa dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles estreia nesta quinta (29/08/2019) nos cinemas

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1 de 1 bacurau - Foto: Reprodução/YouTube

Bacurau, um dos filmes brasileiros mais aguardados de 2019, estreia nesta quinta (29/08/2019) nos cinemas. Desbancado por A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, para representar o país na disputa por vaga no Oscar 2020, o longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles é bastante representativo da força da produção contemporânea nacional em festivais estrangeiros.

Em Cannes, levou o prêmio do júri, terceiro mais importante da competição, na mesma edição em que A Vida Invisível saiu consagrado como melhor título da mostra paralela Um Certo Olhar (Un Certain Regard). Ambas as conquistas foram inéditas para o cinema brasileiro.

Bacurau traz, mais uma vez, o olhar instigante de Mendonça Filho sobre as rachaduras sociais do país. Codirigido por Dornelles, design de produção do cineasta em Aquarius (2016), O Som ao Redor (2012) e no curta Recife Frio (2009), o longa se passa num futuro próximo, na cidade que empresta nome à trama.

Com doses de aventura e suspense, acompanhamos acontecimentos esquisitos na região. A matriarca do município, Carmelita, morre aos 94 anos. Nos dias seguintes ao funeral, a comunidade some dos mapas oficiais e um clima de tensão se infiltra no cotidiano dos moradores. Abastecimento de água e mantimentos começa a rarear. As coisas chegam ao limite quando um grupo de caçadores estrangeiros dá as caras.

Quatro razões para assistir ao filme Bacurau:
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<b>Ação, aventura e suspense: o trânsito entre gêneros</b>. Bacurau adere à recente tendência do cinema brasileiro de verter a problemática realidade nacional em gêneros cinematográficos. Aqui, Mendonça Filho e Dornelles usam ação, suspense e aventura para mostrar uma cidade que desapareceu dos mapas e agora parece sitiada por assassinos estrangeiros. Essa sinergia entre comentário social, elemento típico do dito cinema de arte, e prazeres de narrativas familiares ao público permite comunicação com diferentes públicos. Não por acaso, o longa, antes de estrear, teve sessões de pré-estreia esgotadas, burburinho em redes sociais e cria expectativa de boa bilheteria
<b>Retrato de um Brasil tenso</b>. A trama envolvendo "apagamento" de uma cidade pequena no sertão e invasores estrangeiros parece casar bem com um país que se recusa a ter um dia de tranquilidade – pelo menos desde os protestos de junho de 2013, passando pela impeachment de Dilma Rousseff e eleição do presidente Jair Bolsonaro. O Brasil de polarizações políticas e tragédias cotidianas realmente é digno de um neo-western  satírico e sanguinolento
<b>O olhar provocativo dos diretores</b>. Desta vez dividindo a direção com Juliano Dornelles, parceiro em vários outros filmes, Kleber Mendonça Filho amplia seu olhar cinematográfico em Bacurau. Se O Som ao Redor e Aquarius articularam crônicas urbanas em torno da gentrificação e do horror ao outro (especialmente quem é de fora), entre outros elementos, o novo filme lida com a resistência de uma comunidade contra o esquecimento. Espere, portanto, fluidez visual e narrativa dada a resoluções febris
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Grande elenco. Se Aquarius, filme anterior de Mendonça Filho, foi todinho de Sonia Braga – certamente em uma das grandes performances de qualquer artista nacional nos últimos anos –, em Bacurau ela divide as atenções com elenco poderoso. O núcleo nacional traz ainda nomes como Karine Teles, protagonista do premiado Benzinho (2018), Barbara Colen, remanescente de Aquarius e destaque no recente longa mineiro No Coração do Mundo, e Thomas Aquino, da série 3%. No eixo estrangeiro, lideram a escalação o cultuado alemão Udo Kier, de recentes parcerias com Lars von Trier e S. Craig Zahler, e a franco-americana radicada no Brasil Alli Willow, vista no seriado O Escolhido

Victor Jucá/Cinemascópio/Divulgação
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Ação, aventura e suspense: o trânsito entre gêneros. Bacurau adere à recente tendência do cinema brasileiro de verter a problemática realidade nacional em gêneros cinematográficos. Aqui, Mendonça Filho e Dornelles usam ação, suspense e aventura para mostrar uma cidade que desapareceu dos mapas e agora parece sitiada por assassinos estrangeiros. Essa sinergia entre comentário social, elemento típico do dito cinema de arte, e prazeres de narrativas familiares ao público permite comunicação com diferentes públicos. Não por acaso, o longa, antes de estrear, teve sessões de pré-estreia esgotadas, burburinho em redes sociais e cria expectativa de boa bilheteria

Cinemascópio/Divulgação
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Retrato de um Brasil tenso. A trama envolvendo "apagamento" de uma cidade pequena no sertão e invasores estrangeiros parece casar bem com um país que se recusa a ter um dia de tranquilidade – pelo menos desde os protestos de junho de 2013, passando pela impeachment de Dilma Rousseff e eleição do presidente Jair Bolsonaro. O Brasil de polarizações políticas e tragédias cotidianas realmente é digno de um neo-western satírico e sanguinolento

Victor Jucá/Cinemascópio/Divulgação
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O olhar provocativo dos diretores. Desta vez dividindo a direção com Juliano Dornelles, parceiro em vários outros filmes, Kleber Mendonça Filho amplia seu olhar cinematográfico em Bacurau. Se O Som ao Redor e Aquarius articularam crônicas urbanas em torno da gentrificação e do horror ao outro (especialmente quem é de fora), entre outros elementos, o novo filme lida com a resistência de uma comunidade contra o esquecimento. Espere, portanto, fluidez visual e narrativa dada a resoluções febris

Victor Jucá/Cinemascópio/Divulgação

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