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Atrizes criam ponte entre teatro e cinema com filme sobre amizade

O sucesso do longa Tudo o Que Você Podia Ser, de Ricardo Alves, reforça a luta por espaço das comunidades LGBTQIA+ no cinema

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1 de 1 Foto colorida do filme Tudo Que Você Podia Ser - Metrópoles - Foto: Divulgação

O filme Tudo o Que Você Podia Ser, dirigido por Ricardo Alves Junior, foi o grande vencedor da 18ª edição do Festival For Rainbow (Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero), na última sexta-feira (28/6). A produção, que celebra a diversidade e a luta por espaço das comunidades LGBTQIA+, está nos cinemas e mistura realidade e ficção para contar a história das atrizes Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares.

O enredo acompanha o último dia de Aisha em Belo Horizonte, uma despedida que se desenrola na companhia das melhores amigas Bramma, Igui e Will. Por meio das interações entre as personagens, Tudo o que Você Podia Ser mostra uma espécie de família construída pela amizade.

As quatro protagonistas são atrizes de destaque no teatro mineiro e se conheceram nos palcos. Em entrevista ao Metrópoles, Brama salienta que estar nas telonas é uma conquista significativa para a própria trajetória e das amigas.

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“A gente vem trabalhando, fazendo algumas peças juntas no teatro, produções no audiovisual também, em Belo Horizonte, já há alguns anos. O filme vem com essa possibilidade de agora sermos também atrizes do cinema. Parece um caminho talvez natural, mas também é um lugar muito desafiador no cinema contemporâneo, ainda mais para pessoas da comunidade LGBTQIA+“, salienta a atriz.

Igui Leal compartilhou como o cinema sempre pareceu distante, mas ressaltou que a oportunidade de fazer o filme trouxe uma nova perspectiva para sua carreira.

“Eu nunca imaginei fazer cinema assim. E o teatro sempre foi um local de certa forma, que acolheu ao meu corpo, a minha voz. Quando chegou o convite, eu fiquei muito feliz, porque eu acho que é o primeiro gesto que mostra que a gente pode fazer cinema, então acho que reverberou muito nesse lugar. Acho que é uma pessoa virar e falar: ‘O seu corpo pode fazer cinema, sua voz pode fazer cinema’. E isso é um tanto revolucionário, né?”, explica.

Will complementa que foi a primeira vez que foi chamada para um trabalho com mais diárias. “Eu raramente consigo um papel de protagonista nos testes que eu faço. Então ter essa oportunidade de ser protagonista de um longa que rodou o Brasil inteiro, o mundo inteiro, fez eu me sentir muito especial e incluso, sabe?”, afirmou.

Leal também comentou sobre a efervescência da cena cultural e LGBT+ em Belo Horizonte e como isso influenciou o filme: “Nós somos frutos de uma nova geração de artistas da cidade e do Brasil.  Não é uma história, não é só uma pessoa, são várias trazendo as suas diferenças, as suas complexidades. Então essa construção de imaginário de que somos diferentes e podemos criar histórias diferentes das que já estão dadas, ela precisa só se multiplicar”.

O filme serve de exemplo para outras produções cinematográficas no Brasil e Aisha Bruno afirma que a expectativa é que a produção possa chegar e influenciar as pessoas que produzem cinema no país.

“Eu tenho a sensação de que esse filme é também uma escola para outras pessoas que fazem cinema, principalmente aqui no Brasil e, principalmente, para pessoas que detêm e fazem parte de onde se estabelece o poder”, conclui.

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