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Ator diz que, apesar de polêmico, Baby tem tudo que brasileiro gosta

Premiado em Cannes, ator Ricardo Teodoro defende o filme Baby. Longa está em exibição no Festival do Rio

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Ricardo Teodoro foi premiado em Cannes pelo filme Baby
1 de 1 Ricardo Teodoro foi premiado em Cannes pelo filme Baby - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro (RJ) – Há 16 anos, o ator Ricardo Teodoro deixou o interior de Minas Gerais para seguir a carreira no Rio de Janeiro e sonhava em estar nas grandes telas do Festival do Rio. Este desejo se concretizou na última segunda-feira (7/10), com a exibição do filme Baby, que protagoniza ao lado de João Pedro Mariano.

A produção segue Wellington, que, após ficar dois anos em um centro de detenção para jovens, é abandonado pela família e precisa encontrar uma forma de sobreviver na capital paulista. É neste cenário que ele se encontra com o garoto de programa Ronaldo -vivido por Teodoro -, com quem vive uma relação conturbada.

Apesar de considerar um filme polêmico, Ricardo pontua que a produção tem todos os aspectos que o brasileiro gosta, principalmente por conta dos aspectos de melodrama da história. “Você fica torcendo por um personagem ou para eles ficarem juntos”, afirma.

Frame colorido de cena do filme Baby, exibido no Festival de Cannes 2024

“O Brasil é um país Cristão. Este é o nosso modo familiar. Por mais que as pessoas vão à igreja no domingo, gostam de sacanear durante a semana. A minha preocupação era não julgar ou moralizar o Ronaldo pela profissão que ele exerce”, comenta.

A ideia do ator foi “colocar uma lente” em outros aspectos do personagem, como a relação dele com o filho, com os amantes e com amigos e família.

Com este trabalho, Ricardo recebeu o prêmio de Ator Revelação no Festival de Cinema de Cannes. O artista é o quarto brasileiro a receber este prêmio, ao lado de Fernanda Torres, em 1986; Rodrigo Santoro, em 2004; e Sandra Corveloni, em 2008. Assim, o mineiro deixa o seu espaço na história do cinema.

“Como ator, é muito fantástico. É a realização de um sonho”, afirma.

Estreia no Brasil

Após ser um dos grandes destaques no Festival de Cinema de Cannes, o filme Baby chegou ao Brasil, no Festival do Rio. Para o diretor Marcelo Caetano, agora é a hora.

“Por mais que o filme faça uma carreira internacional, a impressão que eu tenho é que a coisa só começa quando a gente chega aqui. De uma certa forma, é de onde saem o universo dos personagens, saem as ideias e é a cenografia que eu mais curto”, afirma Marcelo.

A produção segue Wellington, que, após ficar dois anos em um centro de detenção para jovens, é abandonado pela família e precisa encontrar uma forma de sobreviver na capital paulista. É neste cenário que ele se encontra com o garoto de programa Ronaldo, com quem vive uma relação conturbada.

“Eu não consigo falar sobre a questão da comunidade LGBTQIAP+ sem falar de outras interseções que se passam, como trabalho. O mercado de trabalho é favorável para essa população? Por que uma pessoa LGBTQIAP+ terá mais possibilidades de ser condenada? Ou uma pessoa pobre?”, pontua sobre provocações do filme.

Além de Baby, o diretor é conhecido pelo longa-metragem Corpo Elétrico e o curta Bailão, que fala sobre a ancestralidade da comunidade LGBTQIAP+ em São Paulo com uma boate como fio narrativo. “A gente está aqui de mãos dadas com quem veio antes, com as gerações que abriram portas, conquistaram espaços e preservaram”, comenta Marcelo..

A repórter viajou a convite do Festival do Rio

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