Andy Serkis vive vilão em “zona sombria” em Luther, filme da Netflix
Andy Serkis contou mais sobre seu inescrupuloso vilão em Luther, produção da Netflix que estreia nesta sexta (10/3)
atualizado
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Luther: O Cair Da Noite, que estreia nesta sexta-feira (10/3), na Netflix, é um clássico filme de espionagem – que é derivado de uma série inglesa de mesmo nome da BBC. No longa, Idris Elba vive o falho e carismático detetive John Luther. Porém, o personagem só se destaca pela sua nêmesis: o vilão David Robey, vivido por Andy Serkis.
Serkis já viveu inúmeros papeis na cultura pop, sendo, talvez, os mais impactantes aqueles em que não aparece – ou melhor, aparece em uma versão digital – como Caesar em Planeta dos Macacos e Gollun em O Senhor dos Anéis.
Em Luther, Serkis usa seu “rosto real” para viver David Robey, um vilão cruel, sem escrúpulos e, de certa forma, um retrato da sociedade. “Fiquei de queixo caído com o roteiro do Neil Cross. Era viciante, intenso e arrepiante. Ele passeia por uma área sombria. Adorei. É forte e questiona a humanidade e o rumo que o mundo tomou. Ele consegue transformar o mundano em algo assustador. Isso me atraiu”, contou o ator, em entrevista cedida ao Metrópoles.
Para Serkis, Luther: O Cais da Noite mostra que um mundo com excessos policiais, de vigilância constante, por um lado, abriu espaço para o aumento da segunça; e, por outro, abriu a porta para um tipo bastante cruel de vilão.
“Robey teve uma origem humilde e ganhou muito dinheiro. É muito inteligente e entende tudo de tecnologia. Mas, em algum momento, percebe que não tem empatia. Ele simplesmente não consegue sentir nada por ninguém e percebe isso assim que começa a abraçar o maravilhoso mundo da tecnologia. Assim, acaba criando um relativismo moral próprio, uma realidade paralela. É um mundo que parece normal para ele, mas é absurdo para quem olha de fora. Um dos temas da história é que a vigilância criou um monstro”, pontua Andy Serkis.
Companheiro de set, Idris Elba elogia a performance do colega. “Agora é o meu momento de tietar. Eu adoro Andy Serkis. Acho que ele tem um talento excepcional, como ator, diretor e inovador no cinema. Além disso, é extremamente gente boa, mas o interessante é que ele tem um lado misterioso, um brilho nos olhos e você não sabe muito bem o que se passa ali. Ele sempre tem alguma loucura na cabeça”, afirmou o ator.
“Ele não queria interpretar um vilão caricato e exagerado. Andy precisava entender a humanidade do Robey. O equilíbrio que ele encontrou entre monstro e humano foi ousado, brilhante e extraordinário”, conclui o diretor Jamie Payne.