“Alien: Covenant”: entenda a origem dos xenomorfos e a saga espacial
Sequência de “Prometheus” (2012), novo filme de Ridley Scott expande a mitologia dos alienígenas. Longa estreia quinta (11/5)
atualizado
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Talvez nenhum monstro da história do cinema seja tão querido e nojento quanto os xenomorfos da franquia “Alien”. Eles resmungam como insetos gigantes, possuem força descomunal, gosmas saem dos poros e o sangue funciona como armadilha infalível – corrói até a superfície de espaçonaves. “Alien: Covenant” é o mais recente capítulo da saga e estreia nesta quinta-feira (11/5).
Com Ridley Scott mais uma vez na direção, a franquia tenta dar um passo adiante ao combinar tanto a mitologia de origem iniciada em “Prometheus” (2012) quanto reviver a sanguinolência dos melhores (e dois primeiros) filmes da saga. Tanto que Katherine Waterston (“Animais Fantásticos”) encarna Daniels, uma espécie de antecessora tardia da clássica heroína Ellen Ripley (Sigourney Weaver).
Verdade seja dita, o melhor da saga está mesmo no passado. “Alien, o Oitavo Passageiro” (1979) usou espaços confinados e corajosas metáforas sobre sexo para narrar a sobrevivência de Ripley diante da criatura. “Aliens, o Resgate” (1986) implodiu o terror espacial do original para narrar uma fábula militaresca em que Ripley e Alien mãe duelam pela sobrevivência de uma raça ou de outra.Enquanto “Alien” (1979), “Aliens” (1986) e as irregulares sequências “Alien 3” (1992) e “Alien: Ressurreição” (1997) são genuínos filmes de horror no espaço estrelados por Ripley, a saga de prelúdio busca novidades em encontros violentos, mas reveladores com as origens da humanidade.
Relembre os filmes da franquia “Alien”:
O futuro: mais prelúdios e nada de “Alien 5”
Em termos simples, “Prometheus” e “Covenant” funcionam como duas respostas incompletas à pergunta de sempre: quem nos criou?. Resolver a questão também significa tatear segredos aterrorizantes que envolvem, obviamente, xenomorfos, parasitas que se prendem ao rosto humano (os facehuggers) e “bebês” que nascem rasgando barrigas de astronautas.
Para efeito de comparação, os novos “Alien” lembram os “Star Wars” lançados por George Lucas entre 1999 e 2005: filmes que voltam no tempo, abandonam a maioria dos personagens clássicos e contam novas histórias.
A semelhança para por aí, já que Ridley Scott vive dizendo que tem ideias para mais de três sequências de “Prometheus”. Bem como aconteceu com “Star Wars”, os prelúdios de “Alien, o Oitavo Passageiro” também geram rejeição em muitos fãs.
Parte dessa insatisfação aumentou recentemente quando Scott enterrou de vez qualquer esperança de um “Alien 5”, o filme de Neill Blomkamp (“Distrito 9”) que ignoraria os rejeitados “Alien 3” e “Ressurreição” e teria Ripley de volta. Nada feito, apesar de o próprio diretor ter mostrado arte conceitual de Newt, “filha” de Ripley, no Instagram.
Resta saber e conferir, daqui a sabe-se lá quantos anos, se Scott conseguirá terminar seus prelúdios tão bem quanto Lucas em “A Vingança dos Sith” (2005).