Além de “O Bom Gigante Amigo”: 5 filmes de Spielberg sobre a infância
Na onda da adaptação de Roald Dahl, listamos outros cinco longas marcantes do diretor com essa temática
atualizado
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Steven Spielberg, aos 69 anos, parece ter sido o grande assunto das últimas duas semanas na cultura pop. Além da recente estreia de seu novo longa, “O Bom Gigante Amigo”, chegou ao Netflix a série “Stranger Things”, que soa quase como um tributo a certos filmes dirigidos e produzidos pelo cineasta, como “E.T. – O Extraterrestre” (1982) e “Os Goonies” (1985).
Na infância, enquanto fazia seus primeiros filmes em Super-8, o cineasta também tinha dificuldades de se enturmar. Sofria bullying por, entre outras coisas, ser filho de um casal judeu ortodoxo. Sentia-se um alienígena na terra.Durante o ensino médio, viu os pais se divorciarem, um evento que encheria de melancolia vários de seus filmes sobre ser criança – notadamente “E.T.”.
A estranheza diante do outro, a ausência do pai e famílias esfaceladas são temas que costumam aparecer com frequência até nos filmes que nada têm a ver com a infância, como “Prenda-me Se For Capaz” (2002).
Abaixo, desvendamos cinco trabalhos em que ser criança falou mais alto nas aventuras do diretor.
“Guerra dos Mundos” (2005)
Um filme que a crítica adora ver como uma metáfora sobre os atentados de 11 de setembro. Em uma leitura não tão política, vê-se Spielberg mais uma vez interessado numa família dividida tendo que se unir diante de uma crise maior do que qualquer desentendimento – nada menos que o apocalipse descrito na obra de H.G. Wells.
Disponível na Google Play, iTunes, Netflix, Net Now e em DVD e Blu-ray
“A.I. – Inteligência Artificial” (2001)
Talvez seja o filme mais ambicioso de Spielberg em todos os sentidos – da temática da infância perdida, levada às últimas consequências, ao visual inigualável. O menino-robô vivido por Haley Joel Osment inspira tanto desconforto quanto compaixão na sua busca incessante (e eterna) pelo amor de uma mãe. Uma obra graciosa sobre um estado de espírito universal – o desejo e o horror de ser criança para sempre.
Disponível na iTunes e em DVD e Blu-ray
“Jurassic Park” (1993)
Um filme elogiado por seus efeitos especiais revolucionários, mas pouco lembrado pelas conexões tipicamente spielberguianas. Tim e Lex, netos do dono do parque, acabam de passar pelo divórcio dos pais. Ellie e Grant, casal de arqueólogos convidado para visitar o Jurassic Park, preenchem a lacuna quando a atração se torna um show de horrores no meio da selva. Detalhe: Grant nunca quis filhos, mas é obrigado a virar um paizão protetor durante algumas boas horas.
Disponível na iTunes, Netflix, Net Now e em DVD e Blu-ray
“Império do Sol” (1987)
Um Christian Bale menino protagoniza a crônica de Spielberg sobre a perda (forçada) da inocência. Mimado e de família rica, o garoto sofre os horrores da Segunda Guerra Mundial ao ser capturado e mantido como prisioneiro das tropas japonesas. Versão do livro autobiográfico de J.G. Ballard, autor de “Crash” e “High Rise”, ambos também adaptados em filmes.
Disponível na iTunes e em DVD e Blu-ray
“E.T. – O Extraterrestre” (1982)
Às vezes subestimado como um mero clássico da Sessão da Tarde, “E.T.” merece ser tratado como uma das obras-primas de Spielberg – ao lado de “Tubarão” (1975), “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977) e “A.I.”. A sofisticação visual, com a câmera sempre na altura da cintura dos adultos e as fortes alusões a nascimento/morte, consagra o filme como um conto único sobre as angústias da infância.
Disponível na iTunes, Netflix e em DVD e Blu-ray