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“Afronte”, filme sobre negros gays, é feito com financiamento coletivo

Projeto de conclusão curso dos estudantes de cinema Bruno Victor e Marcus Vinicius, “Afronte” recebe doações até 2 de dezembro

atualizado

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filme afronte
1 de 1 filme afronte - Foto: Reprodução

O curta-metragem “Afronte”, ainda em produção, nasceu de um incômodo pessoal de dois estudantes da Universidade de Brasília (UnB). Alunos do curso de Audiovisual, Bruno Victor (à direita na foto abaixo) e Marcus Vinicius sentiam falta de vozes negras e gays no cinema e no meio universitário. O filme é bancado por financiamento coletivo por meio do site Benfeitoria. Interessados em ajudar têm até sexta (2/12) para contribuir.

DivulgaçãoProjeto de conclusão de curso, “Afronte” deve ser apresentado ao final do primeiro semestre de 2017. Até lá, os diretores esperam conseguir arrecadar R$ 15 mil para cobrir gastos de pós-produção. Ainda em processo de filmagem, o filme revela uma estética híbrida, dividida entre documentário e ficção.

A ideia é provocar uma imersão nas experiências dos negros gays e mostrar as diferentes identidades que se formam a partir de amizades, encontros e dramas. Por isso, o ator Victor Hugo, recém-formado pelo Instituto de Artes da UnB, serve como conexão entre os entrevistados reais.

“O personagem ficcional é da UnB e vai interagir com pessoas de outras cidades. Nossa ideia ficou parecida com a forma que cada um foi se descobrindo ao longo da vida”, conta Vinicius. Entre uma conversa e outra, também há a intenção de enfraquecer estereótipos e lugares-comuns sobre os gays.

“Esses encontros vão quebrando uma série de padrões. Existe um modelo do negro masculino que predomina no movimento LGBT. Queremos mostrar a construção de diferentes identidades”, continua o diretor.

A voz da periferia
Um dos pontos de partida dos cineastas, além da pesquisa, foi a aproximação de coletivos. Muito ativo na UnB, o Afrobixas revelou um perfil de negro gay que se concentra especialmente na periferia do DF, nas regiões administrativas e no entorno.

“Os negros passaram a frequentar a universidade há pouco tempo. Alguns movimentos saem da periferia e vêm para a universidade ou continuam em suas localidades”, aponta Victor, de 25 anos.

Vinicius, 33 anos, veio do Rio de Janeiro para Brasília por conta de um relacionamento. Acabou se fixando de vez na cidade. Professor de Geografia na rede pública, ele decidiu terminar o curso de cinema na UnB.

Mesmo que não alcancem a meta, os diretores continuarão rodando “Afronte” no semestre que vem, com os recursos obtidos até agora e colaboração de amigos. “Toda uma equipe se disponibilizou a trabalhar no projeto porque acredita nele”, comemora Vinicius.

“Afronte”, curta-metragem de Bruno Victor e Marcus Vinicius
Financiamento coletivo pelo site Benfeitoria. O prazo para contribuir termina em 2 de dezembro, às 23h59. As contribuições vão de R$ 15 a R$ 3 mil.

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