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“A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell”: conheça anime e remake

Com Scarlett Johansson, longa tenta atualizar o anime “Ghost in the Shell” (1995). Entenda o universo cyberpunk dos filmes

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a vigilante do amanhã ghost in the shell comparação
1 de 1 a vigilante do amanhã ghost in the shell comparação - Foto: Montagem/Shochiku/Paramount

Quem vê Scarlett Johansson com traços levemente orientais em “A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell” (estreia quinta-feira, 30/3) talvez desconheça o real impacto do produto original. Dentro do imenso universo de animes japoneses, o filme de 1995 é cultuadíssimo. Quase uma unanimidade entre as animações de ficção científica.

“Ghost in the Shell” (também conhecido como “O Fantasma do Futuro” no Brasil) inspirou as ideias distópicas das irmãs Wachowski para a trilogia “Matrix” e popularizou todo um conceito filosófico em torno de identidades de gênero e percepção do que é real e virtual.

Compare as versões japonesa e americana de “Ghost in the Shell”:

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A filosofia de "Ghost in the Shell": ar cyberpunk para comentar as interações entre máquinas e humanos
Batou, o principal aliado de Motoko: o dinamarquês Pilou Asbæk também atuou com Scarlett em "Lucy" (2014)
Motoko vê imagens refletidas: dilemas sobre identidade de gênero
Entre armas, socos e pontapés: agente dedicada, mas atormentada por dúvidas sobre origem e propósito
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Metade humana, metade robô: Motoko, a caçadora de hackers

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A filosofia de "Ghost in the Shell": ar cyberpunk para comentar as interações entre máquinas e humanos

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Batou, o principal aliado de Motoko: o dinamarquês Pilou Asbæk também atuou com Scarlett em "Lucy" (2014)

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Motoko vê imagens refletidas: dilemas sobre identidade de gênero

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Entre armas, socos e pontapés: agente dedicada, mas atormentada por dúvidas sobre origem e propósito

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Baseado no mangá homônimo ilustrado e escrito por Masamune Shirow, “Ghost in the Shell” propõe uma história futurista sobre corpo e alma. A personagem principal, Motoko (chamada apenas de Major na versão com Scarlett), tem membros sintéticos, mas cérebro humano.

É daí que vem a noção de um espírito (ghost) que habita uma concha (shell), um molde. Motoko trabalha como agente para uma unidade de combate ao ciberterrorismo. Em um mundo onde os humanos já aderem a aperfeiçoamentos robóticos, ela tenta evitar que um hacker (Kuze na versão americana e Puppet Master no anime) sabote a tecnologia ciborgue.

Polêmicas no remake de Hollywood
A escalação de Scarlett Johansson no papel de uma personagem japonesa gerou controvérsia. Parte da imprensa chamou a escolha de mais um caso de whitewashing, termo usado para descrever artistas brancos que interpretam personagens de origem não-branca. A opção, certamente, atende a um critério comercial. A atriz foi a que mais gerou bilheteria em 2016 – estrelou “Capitão América: Guerra Civil” e “Ave, César!”.

Mas, de fato, assim que “A Vigilante do Amanhã” começa, dá para notar o esforço do design de produção para fazer com que Scarlett soe orientalizada. Enquanto os gestos robóticos reforçam o lado ciborgue da agente, a pesada maquiagem digital e o cabelo escuro atenuam as feições ocidentais da atriz.

Com “A Vigilante do Amanhã”, Hollywood tenta lucrar com um produto que já teve o seu momento de glória comercial no oriente. Em 2004, Mamoru Oshii, também diretor do original, explorou os contornos sexuais dos robôs em “O Fantasma do Futuro 2: A Inocência”. Apesar do título, o próprio cineasta rejeitou o rótulo de sequência.

Alimentado ao longo de uma década, o culto em torno de “Ghost in the Shell” levou “Inocência” a competir pela Palma de Ouro no Festival de Cannes. No melhor estilo George Lucas, famoso por retocar e relançar os primeiros “Star Wars”, Oshii também atualizou o desenho em “Ghost in the Shell 2.0” (2008), com animação computadorizada e em 3D.

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