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A Sociedade da Neve: saiba o que é real e o que foi adaptado no filme

A Sociedade da Neve conta como 16 jovens sobreviveram à queda de Voo 571, da Força Aérea Uruguaia, alimentando-se de carne humana

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Foto colorida do filme A Sociedade da Neve - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do filme A Sociedade da Neve - Metrópoles - Foto: Divulgação/ Netflix

Sucesso desde que foi lançado na última quinta-feira (4/1), A Sociedade da Neve precisou fazer adaptações em relação ao livro homônimo em que foi baseado. Apesar de tentar contar a história dos 16 sobreviventes da Tragédia dos Andes de forma mais fiel possível, alguns detalhes foram modificados para manter o ritmo da produção.

Ao USA Today, o diretor Juan Antonio Bayona explicou que o filme conta com duas grandes adaptações quando comparados com a história real. Uma delas se refere a parada na cidade de Mendoza, na Argentina.

“Uma [adaptação], foi o voo para Santiago, no Chile, [eles] pararam em Mendoza por causa das condições climáticas e passaram uma noite na cidade. Mas nunca mostramos essa pausa na jornada”, explicou Bayona.

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Última foto com todos os passageiros vivos
Sobreviventes passaram 72 dias esperando resgate
Das 45 pessoas a bordo, apenas 16 sobreviveram até o resgate
Registro do resgate dos sobreviventes do voo 571
Nando Parrado e Roberto Canessa com o cavaleiro  Sergio Catalan, que os salvou
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Foto da aeronave antes do acidente

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Última foto com todos os passageiros vivos

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Sobreviventes passaram 72 dias esperando resgate

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Das 45 pessoas a bordo, apenas 16 sobreviveram até o resgate

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Registro do resgate dos sobreviventes do voo 571

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Nando Parrado e Roberto Canessa com o cavaleiro Sergio Catalan, que os salvou

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Imprensa acompanhou parte do resgate

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Destroços do avião

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Hoje, há um memorial no local onde ocorreu o acidente

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Outra pequena mudança em relação à história real compreende o resgate dos sobreviventes que esperavam na montanha. Diferente do filme, existiram duas operações de resgate com helicópteros.

“Houve duas operações de resgate para retirar os sobreviventes de helicóptero”, explicou ele. “A primeira viagem levou apenas metade deles, e um grupo de resgate ficou com os sobreviventes e passou uma noite com eles. Depois, outro helicóptero os retirou no dia seguinte. Mas só mostramos [no filme] um helicóptero”.

Fato impressionante ficou de fora

Outro fato que ficou de fora foi a história de Tito Regules. O jogador de rugby estava na lista de passageiros do voo, mas dormiu demais na noite anterior e acabou não embarcando. “Tito passou uma noite de festa no casino do Hotel Carrasco, deitou-se tarde e, sem se aperceber, desligou o despertador”, recorda o livro.

Marcelo Pérez del Castillo, capitão da equipe, tentou localizá-lo, sem sucesso e, com isso, ele acabou não embarcando no voo o time. Tito só morreu anos mais tarde, ao dormir no volante e causar um acidente de carro.

O momento de sorte de Tito na juventude acabou selando o destino trágico de Graziela Mariani. A mulher de 42 anos iria pegar um avião à tarde para o casamento da filha no Chile, mas preferiu embarcar na aeronave da Força Área para economizar tempo e dinheiro, mesmo não tendo ligação com nenhum passageiro. Ela acabou morrendo na primeira noite após a tragédia.

Conheça a real história

O Voo 571 da Força Aérea do Uruguai saiu de Montevidéu em 12 de outubro de 1972, com destino a Santiago, no Chile, levando o time de rugby amador uruguaio Old Christians, do colégio Stella Maris, além de amigos e familiares do grupo, para uma competição. Ao todo, 45 pessoas estavam a bordo e 29 sobreviveram à queda, ocorrida no dia 13. Desses, apenas 16 resistiram aos ferimentos do acidente e aos mais de dois meses de fome, frio, cansaço e condições climáticas extremas.

O trabalho das autoridades em busca de sobreviventes chegou a ser encerrado após alguns dias, por conta das condições extremas do local. O grupo soube disso por meio de um rádio e Fernando Parrado e Roberto Canessa decidiram caminhar pela montanha em busca de algum vilarejo próximo. Foi aí que encontraram o cavaleiro Sérgio Catalan, que chamou por ajuda. Nos dias seguintes, um helicóptero apareceu para resgatá-los.

As 16 pessoas resgatadas só conseguiram sobreviver pois se alimentaram dos corpos daqueles que já haviam morrido. A resolução foi tomada em um pacto coletivo no qual todos concordaram que, caso não resistissem, seus corpos fossem usados para a sobrevivência dos demais.

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