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- Foto: Netflix/Divulgação
A Gente Se Vê Ontem, um dos filmes mais recentes produzidos pela Netflix, estreou na plataforma com a proposta de combinar entretenimento e crítica social. Uma espécie de De Volta para o Futuro (1985) antenado com o movimento #BlackLivesMatter (vidas negras importam, na tradução), que, entre outras coisas, luta contra a criminalização dos negros, sobretudo os jovens, nos Estados Unidos.
Os elementos estão todos lá: referências diretas ao clássico dos anos 1980 sobre viagem no tempo, adolescentes cientistas, produção de Spike Lee, vontade franca de expor a brutalidade policial nos Estados Unidos e celebração da identidade negra no cinema.
Extensão do curta de mesmo nome feito em 2017, A Gente Se Vê Ontem narra as desventuras de dois prodígios do Brooklyn: C.J. (Eden Duncan-Smith) e Sebastian (Dante Crichlow).
Quando a dupla de estudantes consegue concretizar um experimento de viagem no tempo a partir de mochilas caseiras e high-tech, o irmão mais velho da garota é brutalmente assassinado por policiais descaracterizados à procura de ladrões. Voltar ao passado, então, ganha um novo sentido.
Cinco motivos para assistir ao filme A Gente Se Vê Ontem:
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Elenco diversificado. Os atores são o grande destaque do filme. A dupla principal, interpretada por Eden Duncan-Smith e Dante Crichlow, também trabalhou no curta e mostra sintonia notável como adolescentes brilhantes e destemidos. O melhor amigo deles, Eduardo (Johnathan Nieves), é porto-riquenho, tem uma quedinha por C.J. e também adora experimentos científicos. É raro ver latinos e negros tão bem retratados num filme voltado para o entretenimento
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Ponta de Marty McFly. O imortal personagem vivido por Michael J. Fox faz uma breve aparição como professor dos protagonistas. Ele até diz "great Scott", alusão direta a De Volta para o Futuro (1985)
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Empoderamento negro. Há questões de representatividade cinematográfica que vão muito além da superfície de um filme. No caso de A Gente Se Vê Ontem, a trama valoriza e celebra a identidade negra do começo ao fim. Ao mesmo tempo, encontra nos adolescentes geniais falhas absolutamente humanas e universais, sem carregar nas tintas para o mal ou para o bem. Isso vem muito dos bastidores, claro: o longa foi dirigido (Stefon Bristol) e escrito (Fredrica Bailey) por cineastas negros.
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#BlackLivesMatter. Movimento tanto on-line quanto de rua, o Vidas Negras Importam tem papel central na invenção de C.J. e Sebastian. A viagem no tempo ganha um sentido prático, e até de justiça social, quando a adolescente vê no experimento uma maneira de impedir a morte de seu irmão mais velho, Calvin (interpretado pelo rapper Astro). E se a ciência pudesse ser usada justamente para isso, corrigir os absurdos de um mundo cruel e vil? Chama a atenção o quanto o final do filme também problematiza esse mesmo ajuste do passado
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Recentemente, a Academia divulgou u, novo regulamento para promover maior diversidade em Hollywood