A chocante história por trás do filme A Sociedade da Neve, da Netflix
Novo filme da Netflix conta como 16 jovens sobreviveram à queda de Voo 571, da Força Aérea Uruguaia, se alimentando de carne humana
atualizado
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O filme Sociedade da Neve, que chega nesta quinta-feira (4/1) à Netflix, conta a chocante história de um grupo de amigos que sobreviveu à queda do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, em 1972, em uma área remota e de difícil acesso dos Andes. Inspirada no livro homônimo de Pablo Vierci, o longa de J.A. Bayona conta como 16 pessoas resistiram ao acidente, às condições climáticas e à fome, alimentando-se da carne humana dos companheiros de viagem já falecidos.
O avião voava de Montevidéu, no Uruguai, com destino a Santiago, no Chile, levando o time de rugby amador uruguaio Old Christians, do colégio Stella Maris, além de amigos e familiares do grupo, para uma competição. Ao todo, 45 pessoas estavam a bordo e 29 sobreviveram à queda, mas nem todos resistiram aos 72 dias de frio extremo, até a chegada do resgate.
O trabalho das autoridades em busca de sobreviventes chegou a ser encerrado após alguns dias, por conta das condições extremas do local. O grupo soube disso por meio de um rádio e Fernando Parrado e Roberto Canessa decidiram caminhar pela montanha em busca de algum vilarejo próximo. Foi aí que encontraram um homem, que chamou por ajuda. Nos dias seguintes, um helicóptero apareceu para resgatá-los.
As 16 pessoas resgatadas só conseguiram sobreviver pois se alimentaram dos corpos daqueles que já haviam morrido. A resolução foi tomada em um pacto coletivo no qual todos concordaram que, caso não resistissem, seus corpos fossem usados para a sobrevivência dos demais.
Indicato ao Globo de Ouro 2024 na categoria Melhor Filme Internacional e potencial concorrente ao Oscar, na mesma categoria, Sociedade da Neve reconstroi essa história com ajuda do relato de todos os sobreviventes.
Entre eles está Carlitos Páez, que interpreta o próprio pai no longa. O elenco, aliás, é composto por atores uruguaios ou argentinos, que filmaram na neve, sentindo frio e fome, para compreender melhor os desafios dos sobreviventes do Voo 571.