A baleia Moby Dick ameaça marinheiros em “No Coração do Mar”
Estrelada por Chris Hemsworth, aventura narra a saga de sobrevivência de uma tripulação à deriva
atualizado
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“No Coração do Mar” é um filme bem executado. O roteiro de Charles Leavitt (“Diamante de Sangue”) tem início com Thomas Nickerson (Brendan Gleeson) relembrando os terríveis momentos em que viveu no mar, a bordo do navio Essex. Esse resgate das lembranças do velho marinheiro nos conduz pela narrativa e justifica as duas horas de filme.
A incrível história de Nickerson começa com ele, ainda jovem, integrando a tripulação do capitão George Pollard (Benjamin Walker) e do primeiro oficial Owen Chase (Chris Hemsworth). Inexperiente, Pollard não se dá bem com Chase, que é o protagonista bonitão carismático. O conflito entre eles soa bem protocolar, mas nada grave se levarmos em conta que isso faz parte do script dos filmes que aspiram ao título de blockbuster.
A direção de Ron Howard (“Uma Mente Brilhante”) é impecável e atuação de Chris Hemsworth (“Thor”) também merece elogios. O ator australiano comprova, a cada trabalho, que não é apenas um rosto bonito na tela. Também vale destacar a interpretação de Tom Holland (“O Impossível”), que dá vida a Thomas Nickerson ainda adolescente.
Porém, há dois fatores que poderiam ter sido explorados no longa-metragem. A primeira é a magreza de Hemsworth. O marketing da preparação do ator é inversamente proporcional à quantidade de cenas dele com o visual raquítico.
O outro item que deixa a desejar são as cenas com a gigantesca baleia branca. Por ter sido rodado quase todo em estúdio, há o uso intenso da computação gráfica, fazendo as cenas na água menos reais. Para valorizar a versão em 3D, Leavitt e Howard podia ter dosado os conflitos humanos para valorizar as imagens da aterrorizante Moby Dick em ação.
Avaliação: Bom
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