Chippu: brasilienses criam app que dá dicas do que ver na Netflix e Amazon
Com sugestões personalizadas, combinadas com algorítimo e curadoria humana, o Chippu promete acabar com as horas de escolha na tela inicial
atualizado
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A cena é comum: no meio de tantas opções contidas no catálogo dos principais serviços de streaming, você fica horas indeciso sobre o que assistir. Mesmo com o sistema de indicação das plataformas, a escolha, às vezes, é um processo doloroso. Porém, e se sempre tivesse alguém disposto a te dar uma dica?
Um grupo formado pelos brasilienses Vitor Porto Brixi, Luigi Pedroni, Thamer Hatem e Thiago Romariz – nascido em Maceió (AL), mas criado na capital – elaborou o aplicativo Chippu: que indica filmes disponíveis aos usuários.
O app usa um misto de inteligência artificial e curadoria humana, comandada por Romariz, que é jornalista e criador de conteúdo com passagem pelo Omelete e pela CCXP. O usuário responde a um questionário e recebe dicas diárias e instantâneas, algo na vibe “o que ver agora”.
O Chippu acessa a cerca de 10 mil filmes contidos na Netflix, Amazon Prime Vídeo, Google Play e iTunes. Por enquanto, as séries estão de fora.
“Na nossa cabeça, sempre teve essa ideia de resolver o problema das pessoas que passam horas escolhendo filmes. Isso ocorria comigo. Não temos séries ainda porque vamos desenvolver um outro tipo de processo para elencar, afinal, seriado demanda mais tempo das pessoas”, conta Romariz ao Metrópoles.
Amigos desde a adolescência o grupo observou o crescimento do consumo de streaming no período da quarentena e decidiu tirar a ideia do papel. Três deles moram em Brasília atualmente e Romariz está em Curitiba.
“Tinha essa ideia há uns dois anos, mas agora liguei para Vitor Porto Brixi, Luigi Pedroni e Thamer Hatem. Em 30 dias, o Chippu ficou pronto”, lembra Romariz.
O grande diferencial do Chippu – que significa “dica” em japonês e faz certa brincadeira com o termo “shippou” – é o aspecto humano na curadoria. “Usamos um algoritmo que é focado em trazer as produções mais adequadas para cada pessoa com agilidade, mas sem perder a humanidade que uma indicação precisa. A ideia aqui é evoluir todos os dias para que a interação fique ainda mais natural e menos mecanizada”, diz Pedroni. Não queremos incluir as pessoas em mais uma bolha, pois aqui usamos a tecnologia para ajudar no acesso, na velocidade do serviço e para otimizar o trabalho da nossa equipe de curadoria”, completa Hatem.
Gratuito, o app se monetiza por publicidade e, no futuro, o grupo estuda criar uma espécie de clube de vantagem para possíveis assinantes.
O Chippu está disponível para smartphones iOS e Android.