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Projeto une circo e teatro em prol da preservação do Cerrado

A peça Cerrado de Pé é o que a gente qué! une arte e ativismo para conscientizar sobre as queimadas no Cerrado

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1 de 1 Foto colorida da peça Cerrado de Pé - Metrópoles - Foto: Divulgação

A peça Cerrado de Pé é o Que a Gente Qué!, da cia. Candombá, transcende os palcos tradicionais para se tornar um grito urgente em prol da preservação do cerrado brasileiro. Unindo circo, teatro e dança, o espetáculo leva ao público não apenas uma história fascinante, mas também um alerta sobre a importância de preservar um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil.

Por meio da figura mística da arara Cassandra, que vê o futuro de um Cerrado devastado pelas queimadas, o espetáculo questiona a relação do ser humano com a natureza e evoca a magia que existe na biodiversidade da região. Em entrevista ao Metrópoles, Rosa Aline, atriz e diretora do espetáculo, revelou o processo criativo por trás da montagem.

“Criar uma narrativa educativa foi um desafio delicioso. O texto e o roteiro levaram cinco meses para ficar prontos, mas a execução foi rápida. Tínhamos poucos ensaios, então o trabalho de direção e desenvolvimento das personagens teve que ser preciso e prático”, contou.

Aline destaca que o espetáculo foi pensado para conectar o público, especialmente o infantil, com a realidade do Cerrado. “As araras são encantadoras, e Cassandra, além de representar a beleza desse animal, simboliza o tempo e o futuro, algo mágico e místico”, acrescenta.

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Peça busca conscientizar público sobre a importância de preservar o Cerrado
Projeto já passou por Teresina de Goiás, Cavalcante e Colinas do Sul, na Chapada dos Veadeiros
Cerrado de Pé
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Projeto já passou por Teresina de Goiás, Cavalcante e Colinas do Sul, na Chapada dos Veadeiros

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O espetáculo, que já circulou pelas cidades de Teresina de Goiás, Cavalcante e Colinas do Sul, na Chapada dos Veadeiros, tem como ponto alto cenas de pirofagia e danças com bambolês de LED, elementos que capturam a atenção do público e adicionam uma dimensão lúdica à narrativa.

Rosa Aline destaca ainda a importância da trilha sonora no reforço da mensagem ambiental. “Escolhi músicas que falam sobre o bioma, preservação e ancestralidade. Canções como Contra-Fogo, da dupla Caipira de Reggae, e Filhos do Cerrado, do grupo Pé de Cerrado, adicionam poesia e profundidade ao espetáculo”, explica.

Pedrishna, um dos compositores de Contra-Fogo, música que embala o espetáculo, compartilhou o processo de criação dessa faixa. Segundo ele, a música nasceu de uma composição em parceria com Caio, seu colega de banda, e evoluiu ao longo do tempo.

“A primeira parte é mais poética, mas senti que precisávamos de algo mais direto, que falasse sobre a devastação do Cerrado de forma clara. A segunda metade da música é mais um rap, quase como uma denúncia das queimadas ilegais”, contou. Pedrishna também é brigadista, e sua experiência pessoal deu à música um toque autêntico e comprometido com a realidade das brigadas de incêndio.

Arte para abordar temas complexos

A peça aborda temas complexos, como a ganância do agronegócio e a devastação causada pelas queimadas, por meio de metáforas visuais como o Dragão da Ganância. Segundo Pedrishna, essa figura representa o impacto da ambição desmedida na destruição do bioma. “A ganância é como um dragão que cospe fogo, queimando tudo no caminho”, descreveu.

O envolvimento da comunidade local é outra característica do projeto. Após cada apresentação, são realizadas rodas de conversa e oficinas, nas quais artistas, brigadistas e moradores discutem formas de preservação do Cerrado. Todos têm voz, inclusive os pequenos. “A participação ativa das crianças nas conversas nos mostra que estamos plantando sementes de conscientização desde cedo”, reflete Rosa Aline.

Responsável pelo espetáculo, a Companhia Candombá vê na arte uma forma de mobilizar a sociedade. Rosa Aline afirma que o próximo passo é expandir o alcance da peça para outras regiões. “Estamos buscando recursos e parcerias para continuar levando o Cerrado de Pé a mais cidades. Acreditamos que, por meio da arte, podemos inspirar uma nova geração de defensores do Cerrado”, conclui.

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