Cássia Kis assumiu ter feito aborto e se diz arrependida
Em entrevista à Veja, em agosto de 1997, Cássia Kis revelou ter passado por um aborto
atualizado
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O nome da atriz Cássia Kis entrou nos holofotes nesta semana após declarações homofóbicas que partiram da veterana durante uma live com Leda Nagle. Após Lúcia Veríssimo mostrar a “hipocrisia” da colega de profissão com uma foto dando um beijão na atriz, a revista Veja recuperou uma entrevista com Kiss, feita em agosto de 1997.
Eleitora do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e defensora da “família tradicional brasileira”, ela foi uma das 80 mulheres que assumiu à revista, em 1997, ter feito um aborto — tema tabu na época da publicação.
Na época com 39 anos, Cássia afirmou que fez um aborto anos antes da publicação da matéria. Mesmo assim, apontou que “o aborto, em qualquer circunstância, é um crime”.
Desde então, Kiss se diz arrependida do aborto e tornou-se contra a interrupção da gravidez. Na entrevista com Leda Nagle, inclusive, Cássia citou o tema: “Para esses jovens, fazer um aborto, tomar uma pílula do dia seguinte, um anticoncepcional, é muito fácil, porque eles não têm a referência do bebê. Isso é grave.”
Falas de Cássia Kis
Cássia Kis, de 64 anos, fez declarações polêmicas ao participar de uma live com a jornalista Leda Nagle. A atriz afirmou ser católica, disse que estão “destruindo a família” e criticou relações homoafetivas, além de dizer que a pandemia foi “maravilhosa” para ela.
Ela chegou a dizer que as “famílias tradicionais” estão ameaçadas pela “ideologia de gênero” e que algumas escolas possuem um “beijódromo” para as crianças se relacionarem. Porém, não apresentou nenhuma prova de que o local de fato exista.
“O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana? Porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, disse a atriz.
Após as declarações, a Globo repudiou os ataques da atriz, que está no elenco da novela Travessia, folhetim das 21h de Glória Perez. Além disso, Márcia Mercury, filha de Daniela Mercury e Malu Verçosa, denunciou a veterana ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por LGBTfobia.