Caso Seu Jorge: testemunhas começarão a ser ouvidas nesta quarta
A delegada responsável pela investigação no Rio Grande do Sul, Andréa Mattos, relatou que esperam as imagens do clube para apurar o caso
atualizado
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A delegada titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância do Rio Grande do Sul, Andréa Mattos, responsável pelo caso de racismo contra Seu Jorge afirmou que testemunhas começarão a ser ouvidas nesta quarta-feira (19/10). O cantor sofreu ataques racistas durante uma apresentação no clube Grêmio Náutico União, em Porto Alegre (RS), na última sexta (14/10). Como informado pelo Metrópoles, pessoas chamaram o artista de “macaco”, “vagabundo” e “safado”.
Andréa explicou que a apuração do caso começou apenas na segunda-feira (17/10), porque a delegacia funciona apenas em dias úteis, e agora aguarda as imagens oficiais do clube. “Já fizemos essa solicitação no dia de ontem mesmo e imagino que até quinta nós teremos em mãos. O que a gente tem até agora são imagens da mídia, das redes sociais em geral, o que já nos leva a crer que houve sim o crime de racismo”, disse em entrevista ao Boletim Metrópoles.
A delegada afirmou ainda que acredita que a polícia deve encontrar certa dificuldade para identificar os responsáveis pelos ataques, mas que não é algo impossível: “A gente tem algumas desconfianças com o local de onde partiram essas ofensas. Me parece que elas foram proferidas por pessoas que estavam muito próximas ao palco, mas isso é uma desconfiança.”
Além das imagens e depoimentos, a responsável aguarda também posicionamentos da organização do evento e da equipe do cantor. De acordo com Andréa Mattos, a ideia é reunir o máximo de informações para enriquecer o inquérito.
Assista a entrevista completa com a delegada Andréa Mattos: