Carnaval 2022: veja como foi o 2º dia do Grupo Especial em São Paulo
Ao todo, sete escolas de samba se apresentaram neste sábado (23/4) e na madrugada de domingo (24/4), com destaque para a Gaviões da Fiel
atualizado
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As escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo atravessaram o Sambódromo do Anhembi neste sábado (23/4). Os desfiles começaram às 22h30, com a Vai-Vai iniciando os trabalhos e a escola de samba Império de Casa Verde encerrando a festa.
Este é o primeiro Carnaval na avenida desde o início da pandemia da Covid-19. Os desfiles foram tomados de emoção e homenagens aos grandes nomes do samba brasileiro. Algumas escolas de samba enfrentaram problemas técnicos.
Vai-Vai
Dando a partida nos trabalhos, a Vai-Vai abriu a noite falando sobre ancestralidade africana. A escola de samba é a atual campeã do grupo de acesso e maior campeã do carnaval paulista. O ex-BBB Lucas Penteado esteve na torcida e a madrinha de bateria, Carla Prata, mostrou muita elegância com uma roupa prateada.
Um dos carros da agremiação teve problemas e demorou para entrar na avenida. Apesar disso, muita emoção com a volta da escola de samba para o grupo especial de São Paulo.
Gaviões da Fiel
Em seguida, a Gaviões da Fiel entrou na avenida. Com muita expectativa para o desfile da escola de samba por conta do “Bolsonaro Gay” em uma das alegorias, a atração não esteve presente. Com um enredo sobre desigualdade e mazelas sociais denominado Basta!, a agremiação teve que esperar 40 minutos para o desfile.
Sabrina Sato, musa da escola de samba, reclamou bastante da demora, mas esteve impecável. O desfile foi correto e empolgou o público presente com homenagens para Nelson Mandela, Frida Kahlo, Cacique Raoni e Sócrates.
Mocidade Alegre
Neste carnaval, a Mocidade entrará na avenida com o samba-enredo Quelémentina, Cadê Você?, uma homenagem à cantora brasileira Clementina de Jesus, descrita pela escola como uma mulher negra na alma e na cor, “uma flor de raiz africana”.
Com as cores vermelho e verdade, ao todo, nesta apresentação, a Mocidade Alegre levou ao maior palco do samba paulista 1.850 integrantes, além de quatro carros alegóricos e 16 alas. Na avenida, a escola homenageou agremiações cariocas como a Mangueira e a Portela. O ex-BBB João Luiz Pedrosa esteve em um dos carros alegóricos como destaque.
Águia de Ouro
A campeã do último carnaval realizado no Anhembi, em 2020, fez um desfile contra a intolerância religiosa. A escola de samba apresentou um verdadeiro afoxé de exaltação à diversidade étnica e à pluralidade cultural com um samba-enredo fruto da parceria entre 21 compositores.
Com as primeiras alas totalmente em branco para homenagear Oxalá, cartazes contra o preconceito como Vidas negras importam e Exu te ama foram exibidos na avenida. Outro fator curioso foram as pernas de pau que alguns integrantes tiveram que utilizar para atravessar o Anhembi.
Barroca Zona Sul
Com o enredo A evolução está na sua fé… Saravá Seu Zé, a Barroca homenageou uma figura de grande importância para cultos afro-brasileiros, o Zé Pelintra. Ele foi retratado pela escola como um rapaz negro, nordestino, órfão e de religião nordestina que possui um coração muito bom e acaba por se tornar uma entidade.
Carlinhos de Jesus estreou no Carnaval de São Paulo como coreógrafo da comissão de frente da escola de samba e mostrou muita alegria. Além de planejar, ele também fez parte do desfile.
Rosas de Ouro
Assinado por 11 compositores, o samba-enredo da Rosas de Ouro em 2022 falou sobre rituais e caminhos para curar todos os males por meio da fé, da magia, da ciência e, claro, do samba. A proposta da escola foi levar um ritual de cura para o público presente no Anhembi após dois anos intensos de pandemia.
A comissão de frente e a bateria da escola de samba foram muito elogiadas nas redes sociais pela plasticidade e movimentos bem realizados durante o desfile.
Império de Casa Verde
Última escola a desfilar no Anhembi em 2022, a Império levou O Poder da Comunicação para a avenida e contou o início da verbalização, o processo de desenvolvimento da telecomunicação e da comunicação virtual, assim como a forma como isso está conectado à própria história da humanidade.
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