Carnaval 2020: GDF recua e pode cancelar shows na Esplanada
“Se tiver de utilizar dinheiro público para financiar shows, darei prioridade para os artistas locais”, diz o secretário Bartolomeu Rodrigu
atualizado
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No último dia 30 de janeiro, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) anunciou o que seria a principal novidade do Carnaval 2020 do Distrito Federal: o Setor Esplanada. O espaço traria a Brasília nomes como Elba Ramalho, Silva e Preta Gil, entre outros. Nesta sexta-feira (07/02/2020), porém, o secretário da pasta, Bartolomeu Rodrigues, afirmou ao Metrópoles que pode cancelar a estrutura a ser montada no gramado próximo à Rodoviária do Plano Piloto.
Bartolomeu Rodrigues disse que, caso não consiga os patrocínios esperados com a iniciativa privada, não haverá mais atrações nacionais. “Se tiver de utilizar dinheiro público para financiar shows, darei prioridade aos artistas locais”, ponderou.
O secretário confirmou, também, que a crise se intensificou na última quinta-feira (06/02/2020), após o secretário-executivo de Cultura, Cristiano Vasconcelos, pedir demissão do cargo. “Ele é da maior competência, só tenho elogios a fazer. Mas sua saída nos leva a condição de reflexão. Ele estava à frente das negociações, agora preciso me reunir com os empresários”.
Bartolomeu ressalta que segue chamando os patrocinadores para investir no Carnaval de Brasília, que já é “um dos maiores do país e recebe inúmeros turistas”. A reunião está prevista para acontecer na próxima segunda-feira (10/02/2020). “Se eles mantiverem o investimento, nós vamos manter o palco. Queremos um Carnaval participativo, mas sem brincadeira com o dinheiro público”, completou.
Decepção
A programação previa lineup de 20 cantores, entre sexta (21/02/2020) e terça (25/02/2020) de Carnaval, decepciona foliões brasilienses, que tinham a expectativa de ver seus ídolos de perto. “Todos nós fomos pegos de surpresa com essa situação. Quando apresentei, foi contando com os patrocínios. Mas eu não tenho medo de voltar atrás. Meu único medo é errar, pois depois vão me cobrar”, ressalta Bartolomeu.