Buchecha diz que Nosso Sonho é retrato “justo e bonito” de dupla
Cinebiografia de Claudinho e Buchecha chega nesta quinta-feira (21/9) aos cinemas com Lucas Penteado e Juan Paiva como protagonistas
atualizado
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Um dos filmes brasileiros mais aguardados do ano, Nosso Sonho, cinebiografia de Claudinho e Buchecha, estreia nesta quinta-feira (21/9), nos cinemas de todo o país. Dirigido por Eduardo Albergaria, o longa resgata a história por trás da fama que pouca gente conhece, desde a amizade ainda na infância, em uma comunidade de Niterói (RJ), até o sucesso estrondoso da dupla, que dominava as rádios e programas de TV no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Lucas Penteado e Juan Paiva dão vida a Claudinho e Buchecha na tela e cantam sucessos da dupla, como Só Love, Coisa de Cinema e a icônica Nosso Sonho, que batiza o filme. Em entrevista ao Metrópoles, Juan, que nasceu apenas quatro anos após a trágica morte de Claudinho, em 2002, contou que buscou referências para o papel nas próprias lembranças.
“Tenho boas recordações da experiência que minha família tinha em casa também com as músicas, com as danças, marcavam de se encontrar no baile… Tenho uma memória vaga desses acontecimentos e quando eu soube que ia participar eu fiquei muito feliz”, contou o ator, acrescentando que sonhava em fazer uma cinebiografia. “Não tinha noção que fosse pra já, assim. Quando o convite veio, eu me senti honrado, me senti privilegiado e sou muito grato com a oportunidade”.
Juan Paiva, ator
Parte importante da construção do longa, Buchecha diz que o filme é um retrato fiel da história da dupla, ainda que nem todas as cenas tenham acontecido como o roteiro sugere. “É de praxe do cinema e da arte de um modo geral que cenas sejam inseridas na devida proporção que a obra necessita e em Nosso Sonho não é diferente”, explica.
O cantor não entrega quais momentos são reais e quais são ficção, mas aprovou e se emocionou com o resultado final. “Brincar com esse imaginário do público também é uma grande sacada que a arte nos permite. Estou muito contente e seguro de que o filme é justo e muito bonito”.
Coisa de cinema
“Nossa história vai virar cinema e a gente vai passar em Hollywood…”. O trecho da música Coisa de Cinema, de Buchecha, ganha ares de presságio enquanto a tela exibe os créditos de longa. Isso porque além de ser exibido nas salas de cinema do país a partir desta quinta, Nosso Sonho esteve entre os seis filmes pré-selecionados para concorrer a uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2024. O escolhido foi Retratos Fantasmas, de Kléber Machado Filho, mas o diretor Eduardo Albergaria considera que a seleção já é uma vitória e deixa claro o potencial do longa.
“É, de certa maneira, um diálogo positivo com a Academia de Cinema, com a classe, com os meus colegas, né? De reconhecer o sentido do nosso trabalho, o sentido do filme. E mais do que isso, eu me senti honrado e incluído, pertencendo (…) É evidente que um reconhecimento desse, vindo dos seus, nos envaidece”, comemora o diretor.
“Eu fiquei muito feliz, em especial, por entender que um filme como Claudinho Buchecha, por ter esse potencial de comunicação massiva, e por ter esse lugar na paisagem do cinema brasileiro, em alguma medida, não era esperado, então eu fico sobretudo feliz e considero uma conquista”, conclui.