“Brasília está carente de cultura”, afirma Rainer Cadete

Rainer Cadete, de 29 anos, decidiu retornar às raízes e abrir uma escola de interpretação em Brasília, sua cidade natal. As aulas começam em agosto, na Casa de Artes de Brasília (CAB), no Lago Sul. No curso, o brasiliense compartilha técnicas e experiências aprendidas em seis novelas, dois filmes e diversas peças teatrais.

Acredito que Brasília está carente de cultura. Por isso, gostaria de mostrar o que aprendi a sonhadores que, como eu, querem seguir uma carreira e, às vezes, não encontram caminhos na capital.

Rainer Cadete

As aulas serão ministradas pelo ator Abaetê Queiroz, que possui trabalho reconhecido na cidade e é amigo pessoal do artista global. Rainer será responsável pela supervisão e conteúdo programático. “Terão módulos diferentes que vão proporcionar essa vivência com foco no cinema e na TV. Também buscamos inspiração no teatro”, explica.

Mesmo sem estar presente na sala de aula, Rainer utilizou o conhecimento adquirido na Escola de Artes de Laranjeiras, uma das mais importantes do Rio de Janeiro, e em oficinas realizadas na Espanha e nos Estados Unidos, para desenvolver o plano de ensino.

“Cada trabalho exige uma técnica diferente, mas o que busco é a presença e não a interpretação. Você precisa vivenciar uma cena. Trata-se de uma forma contemporânea de atuar”, conta Rainer.

Vida cigana
Apesar de manter a escola em Brasília, o ator não deve, a curto prazo, voltar a viver na capital. Atualmente, ele estuda interpretação nos Estados Unidos (passou por cidades como Los Angeles, Washington e Nova York). No Brasil, o astro se divide entre vindas à capital e a ponte aérea Rio-São Paulo. “Eu me considero um cigano”, brinca.

Em 26 de agosto, Rainer entra em cartaz no Teatro Ipanema com a peça “Tudo que Aflora”, do diretor Daniel Herz. O ator estreia em dois filmes: “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, no dia 7 de setembro, e “Cine Holiúdy 2”, marcado chegar aos cinemas no início de 2018.