Bloco das Montadas traz diversidade para o Setor Bancário Norte
A agremiação que preza pela diversidade LGBT atraiu público disposto a se divertir
atualizado
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“Montada” é a gíria sobre a produção das drag queens (homens que se vestem de mulher para realizar performances artísticas). Pensando nisso, um grupo de produtores montou o Montadas: O Bloco da Diversidade para celebrar a cultura LGBT e a diversidade sexual. A agremiação desfilou, neste domingo (3/3), no Setor Bancário Norte.
A chuva, que nesse sábado (2) afastou um público brasiliense, deu um trégua e caiu de forma menos intensa. Assim, os foliões puderam aproveitar a festa ao som de canções carnavalescas e muita música pop, com hits de Rihanna e Beyoncé. A estimativa dos produtores era receber 12 mil pessoas – o bloco tem autorização para curtir até as 22h. Por volta das 18h30, a PM afirmou ter 5 mil carnavalescos no Setor Bancário Norte.
Os namorados Daniel Aires e Rafael Gaudencio apostaram em um look homenageando o filme Moana. Os dois sonhavam em usar fantasias de casal e estão desde o fim de janeiro elaborando as roupas. Amanhã, vão se vestir de Homem Sereio e Mexilhão, do Bob Esponja, desenho favorito do Rafael.
“Sinto que no Carnaval, todo mundo se aceita, fica um clima muito bom. Em outras épocas do ano, não é bem assim, as pessoas olham feio para nós. No Carnaval, o LGBT não é mal aceito”, avalia Daniel.
A mineira Ana Lídia e o piauiense Márcio Júnior são bailarinos e se conheceram em Brasília. Ela está trabalhando na Itália e veio passar o Carnaval com o amigo. Os dois estavam de Superman e Supergirl
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“A gente sempre dá um jeito de se vestir igual nos bloquinhos, porque gostamos de dar close, fazer pose para foto”, conta Ana. “Os melhores eventos são os LGBT porque não dá briga. Nós queremos pular em todos, participar de tudo, mas infelizmente ainda precisamos escolher com cuidado”, lamenta Márcio.
Natália Puricelli, Léo Preto e André Almeida foram vestidos de Baile da Gaiola. “Sinto que a galera está mais animada para o Carnaval, estão se fantasiando mesmo. Até as festas fechadas ficaram mais legais”, disse Léo.