Beyoncé faz 40 anos. Veja os artistas que a diva influencia no Brasil
Nomes do cenário nacional, como Iza, Mc Carol e Bianca DellaFancy comentam a importância que a cantora tem em suas carreiras
atualizado
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Neste sábado (4/9), a cantora norte-americana Beyoncé Giselle Knowles-Carter completa 40 anos de vida. Desde pequena, passando pelo grupo feminino Destiny’s Child até os dias atuais, a popstar tem trabalhado constantemente para a construção de um legado cultural e musical. Não é incomum que artistas e personalidades do mundo tenham, em seus trabalhos, a influência direta da diva.
Aqui no Brasil não é diferente. Como é o caso da Iza. A cantora de 31 anos não esconde a admiração que tem por Beyoncé e a inspiração desde o começo da carreira. “Recentemente, lancei Gueto, onde resgato de onde eu vim e faço uma viagem pela minha trajetória, e o musical dela, Black is King, sem dúvida foi um modelo para esse lançamento”, revela.
A carioca, que recentemente se tornou a celebridade brasileira mais influente de 2021, afirma que Beyoncé apresentou a possibilidade de se orgulhar das raízes. “Ela me inspirou e encorajou a falar de onde eu vim e isso foi muito especial. Foi libertação e orgulho que tive de contar para o mundo quem eu sou e de onde eu vim”.
Representação
Assim como Iza, o influenciador Ismael Carvalho, 29 anos, conta que a cantora teve importante papel na construção de sua identidade.“Beyoncé fez com que eu me enxergasse sendo um homem negro, gay, e que tinha o direito de estar nos lugares, de ocupar, de acreditar em mim mesmo”, recorda.
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Produtor de conteúdo há um ano, o baiano não poupa comentários sobre o impacto que a cantora tem, acima de tudo, para a população preta. Por isso, escolheu o filme musical Black is King como o momento favorito da diva pop.
“Ela queria modificar a interpretação da palavra negro no mundo a partir do resgaste à autoestima e ancestralidade. Além de se comunicar diretamente com a gente. É, sem dúvida, um presente para o mundo”.
À primeira vista
Aos 30 anos, a cantora Mel concorda com Carvalho sobre a relevância de Beyoncé para a comunidade negra, sobretudo as mulheres. A artista recorda que o primeiro contato com a popstar foi na adolescência. “A primeira lembrança que tenho dela é a capa Dangerously in Love. A Bey foi a minha primeira black diva pop internacional da minha vida. Foi amor à primeira vista”, lembra.
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A artista acredita ser quase impossível fugir de ter a Beyoncé como referência. “Ela é a maior e, obviamente, a gente acaba se inspirando sim, em quase tudo! Eu mesma adoraria a cintura dela e vou lutar por isso”.
O amor por mim mesma
O álbum de estreia Dangerously in Love colocou definitivamente Beyoncé no cenário musical mundial. E foi a partir dele que Mc Carol, 27 anos, conheceu a música Me Myself and I. “Desde que prestei atenção nessa letra, fiquei apaixonada. Sou libriana e acredito no amor, acredito nas pessoas e isso sempre acaba trazendo coração partido. Aí aprendi a antes acreditar no meu amor por mim mesma e essa música me toca nesse sentido. Me emociona de verdade!”.
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Herança familiar
A drag queen Bianca DellaFancy, 31 anos, recorda que o primeiro contato que teve com Beyoncé foi por meio de herança familiar. “A minha família paterna é muito fã de R&B e Hip Hop, por isso, na adolescência, tive acesso ao DVD das Destiny ‘s e fiquei viciada na música No, No, No”.
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A influenciadora digital conta que é muito difícil escolher o álbum favorito de Queen Be, mas fica entre o homônimo Beyoncé e Lemonade, pois “em ambos a qualidade sonora é impecável e os aspectos culturais se sobressaem. A partir desses lançamentos, ela ditou uma nova maneira de criar conteúdos, isso certamente mudou o meu olhar como produtora”.
Para Bianca, Beyoncé tem uma importância histórica que mobiliza a forma de pensar e agir. “Chegou ao ponto que a gente está pensando e repensando diferente uma questão por conta dela. Tudo a partir da arte que ela produz. A gata movimenta a cultura, seu trabalho perpetua”.
Novos projetos
Em entrevista recente à revista americana Harper’s Bazaar, Beyoncé afirmou que pretende lançar novas músicas. O último trabalho solo, o álbum Lemonade, é de 2016. “Com todo o isolamento e injustiça do ano passado, acho que estamos todos prontos para escapar, viajar, amar e rir novamente. Sinto um renascimento emergindo e quero participar da criação dessa fuga de todas as maneiras possíveis. Estou no estúdio há um ano e meio”, disse a cantora.
(*) Luiz Henrique Oliveira é estagiário do Programa Mentor, sob supervisão da editora Maria Eugênia