BBB23: Senado usa caso de Fred Nicácio para combater racismo religioso
Médico foi discriminado no BBB23 por ser praticante do culto de Ifá, religião de matriz africana
atualizado
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O racismo religioso no BBB23 voltou à tona na repescagem, em que Fred Nicácio reencontrou seus algozes, Cristian, Gustavo e Key Alves. O Senado Federal entrou na discussão ao citar o episódio em uma publicação contra a intolerância.
No texto, assinado por Ricardo Westin para a Agência Senado, a discriminação contra Fred Nicácio é mencionada como um exemplo de racismo religioso.
“Três participantes brancos do programa Big Brother Brasil, da TV Globo, ficaram aterrorizados ao ver o colega negro Fred Nicácio fazendo, antes de dormir e em silêncio, as orações do culto de Ifá. Um deles avisou que abandonaria o reality show caso Nicácio insistisse nas rezas”, diz o texto.
“Esses quatro exemplos recentes de comportamento atendem pelo mesmo nome: racismo religioso. Trata-se do ataque a pessoas negras pelo simples fato de seguirem a umbanda, o culto de Ifá ou qualquer outra religião afro-brasileira, como o candomblé, o batuque, a encantaria, a jurema, o nagô-vodun, o tambor de Mina, o terecó, o xangô e o xambá”, prossegue a publicação.
O material, que remete ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, em 21 de março, não é a primeira vez que um Poder da República se posiciona a favor de Fred Nicácio.
Em fevereiro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lançou a campanha “O medo do desconhecido pode te tornar um intolerante!”, uma referência clara ao episódio envolvendo o médico no BBB23.