BBB20: números mostram que este foi o maior BBB da história
O reality show, que chega ao fim nesta segunda-feira (27/04), foi um marco na trajetória do programa, com recordes de interação e audiência
atualizado
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É difícil discordar de que o BBB20 tornou-se a maior edição da história do reality show global. Elenco estrelado, discussões (intermináveis) no Twitter, participantes com milhões de seguidores, quarentena, gritos na janela… tudo indica se tratar do mais relevante capítulo de uma história de 18 anos, que se encerra nesta segunda (27/04): inclusive os números.
Para começar, não tem como fugir do Paredão bilionário: a decisiva disputa entre Felipe Prior, Manu Gavassi e Mari Gonzalez somou 1,5 bilhão de votos. A décima berlinda quebrou recorde mundial. É a maior quantidade de votos do público recebidos por um programa de televisão, segundo o Guinness World Records.
“O engajamento que esse Paredão e outros mostraram é apenas a prova da paixão do público pelo BBB. Ficamos sempre lisonjeados e emocionados quando vemos o quanto as pessoas se importam com nossas histórias e personagens”, afirma Tiago Leifert, apresentador do BBB20.
Os números do BBB20, de fato, são superlativos. Um exemplo pode ser notado entre as finalistas, que somam cifras gigantescas nas redes sociais. Manu Gavassi entrou no programa com seus milhões de seguidores – devido a uma carreira de cantora e atriz, mesmo que na segunda prateleira do entretenimento. Rafa Kalimann também, já era uma influencer de prestígio.
As duas saem, respectivamente, com 12,8 milhões (Manu) e 11,7 milhões (Rafa) de fãs. Thelma, que vinha do grupo “desconhecido”, tem, até o fechamento desta matéria, 3,3 milhões de seguidores. O prestígio nas redes sociais, sabe-se, garante contratos publicitários fora da casa.
Levantamento das ComScore, realizado nos primeiros dois meses do programa, aponta que o BBB20 movimentou, nas redes sociais, 55 milhões de ações (likes, cliques e compartilhamentos), cerca de 916 mil por dia. Tornando a conta do reality a mais relevante digitalmente dos produtos da Globo. Sites de aposta, por exemplo, tiveram picos de acessos – impulsionados, é claro, pela ausência de competições esportivas por conta do novo coronavírus.
Edição histórica
“Concordo que a edição seja chamada de ‘histórica’ pelas diversas circunstâncias que a cercaram, em especial o fato de ter sido o único programa de entretenimento da Globo ao vivo durante parte da quarentena, pela participação, pela primeira vez, de convidados famosos, e pelo resultado em termos de audiência , engajamento e números recordes de votos nos paredões”, avalia o crítico de TV do Uol, Maurício Stycer, em entrevista ao Metrópoles.
Para o especialista, o grande mérito foi o experimento, baseado em realities da TV fechada (De Férias com o Ex, por exemplo), de apostar em “famosos da internet”. “[O trunfo do engajamento foi] a presença dos influenciadores digitais, que já tinham milhões de seguidores nas redes sociais”, explica Stycer.
Rodrigo Dourado, diretor-geral do BBB20, acredita em uma conjunção de ações para explicar o sucesso. “Não consigo olhar para esse resultado de maneira isolada. Vários fatores contribuíram para a repercussão que tivemos no BBB20, desde o elenco até o empenho e comprometimento de cada profissional do nosso time. E, claro, do público que topou a brincadeira com a gente”, pondera.
“Eu incluo o fator das causas sociais como o plus deste BBB. Feminismo, racismo, elitismo, preconceitos das diversas formas. Nunca assistimos a um programa que promovesse tão clara e fortemente esses debates. Unindo tudo, eu consigo definir a edição como histórica”, conclui João Gabriel Falcade, do site Ultrapop, parceiro do Metrópoles.