BBB18: Kaysar tem dinheiro para tirar pais da Síria, mas será difícil
O sírio já acumula cerca de R$ 140 mil. Porém, a quantia pode não ser suficiente para o resgate de seus pais
atualizado
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Kaysar, um dos participantes favoritos do Big Brother Brasil 18, ainda sonha em resgatar seus pais da Síria, país que vive em guerra civil há sete anos. O brother, fiel a seu objetivo desde o início do jogo, já concluiu 50% da tarefa, no entanto. Ele tem o dinheiro necessário para tirar Diane e George Dadour do conflito. Porém, o maior detalhe é justamente esse: tirá-los de lá.
Mesmo que Kaysar não seja campeão do reality da Globo, já consegue pagar as passagens dos pais para o Brasil. A companhia aérea Turkish Airlines, por exemplo, cobra US$ 1,237 (cerca de R$ 2,205) por pessoa. Para o sírio, o valor é mínimo, tendo em vista que ele ganhou dois carros ao longo do programa.
Guerra e imigração
Na cidade onde Diane e George estão, Alepo, a mais populosa da Síria, o aeroporto está fechado. Para conseguir sair de avião do país (o que é mais viável), os pais do brother precisariam recorrer à capital, Damasco, onde há voos para Irã, Iraque, Sudão e Emirados Árabes. Porém, Damasco fica a cerca de 350km de Alepo.
Além disso, mesmo que os sírios consigam cruzar a fronteira sem o visto, ao pegarem um voo as companhias não aceitarão a entrada de passageiros sem o documento. Por conta disso, muitas pessoas enveredam por caminhos ilegais.
De acordo com a Folha de S. Paulo, se os pais de Kaysar forem opostos aos ideais do governo, “estão em uma situação péssima”. “Para comprar passagem, tirar o visto e depois vir para o Brasil eles precisam de dinheiro. Talvez precisem também para coiotes [atravessadores] para irem à Turquia ou Iraque”, diz.
O grande desafio de trazer os pais seguros para o Brasil é fazer com que eles imigrem sem precisarem fugir. Porém, no Brasil, Diane e George conseguirão se instalar, assim como os demais refugiados que já estão instalados no país.
Desembarque no Brasil
Ao desembarcarem em aeroportos brasileiros, os sírios podem ir à base da Polícia Federal, pedir asilo, obter um protocolo, uma autorização de trabalho e um documento de identificação nacional, de acordo com o Extra. A estimativa é de que 100% dos refugiados consigam ter seus pedidos atendidos.