Ballet de Moscou no Gelo tem trechos de Cinderela e de Lago dos Cisnes
Em entrevista para o Metrópoles, o diretor técnico do espetáculo, Alexander Arkhipov, deu mais detalhes sobre a apresentação russa
atualizado
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O drama e a delicadeza de peças de balé clássico unidos às acrobacias de tirar o fôlego da patinação no gelo: essa é a proposta do Ballet de Moscou no Gelo, que se apresentará em Brasília nesta terça (23/10) e quarta-feira (24). Para explicar melhor como se dá o trabalho de adaptação entre modalidades tão diferentes de dança, o Metrópoles conversou com Alexander Arkhipov, diretor técnico do espetáculo.
O trabalho para montar uma apresentação como essa começa com os 14 bailarinos que vieram nesta turnê pela América Latina – o Moscou no Gelo passou por Caracas, Curitiba e Goiânia, e ainda vai visitar Recife, Natal e Fortaleza. “Eles são atletas, [começam a praticar o esporte] a partir dos 3 anos de idade. Aos 18, quando a vida esportiva de patinação no gelo termina, eles fazem balé”, descreve Arkhipov.
Para os quase 100 bailarinos da companhia russa, esse não é simplesmente um trabalho, mas um estilo de vida que vai desde os exercícios até a alimentação de cada um. “Nós não somos um show de patinação artística. Somos únicos no mundo. Ninguém faz o Lago dos Cisnes no gelo, em um teatro, com a coreografia de Marius Petipa”, afirma Arkhipov, referindo-se ao coreógrafo tido como pai do balé clássico russo.
Para a turnê latino-americana, a equipe escolheu trechos de Lago dos Cisnes e de Cinderela para compor a apresentação. Em uma pista de 120 metros quadrados, os bailarinos vão patinar com passos muito similares aos originais. “São meses de trabalho. A coreografia é basicamente a mesma, mas os tempos e os espaços devem ser adaptados para a patinação”, explica o diretor técnico.
Ballet de Moscou no Gelo
Terça e quarta (23 e 24/10), às 20h, no Centro de Convenções (SCES, Trecho 2). Ingresso: de R$ 75 a R$ 145 (meia-entrada). Valores sujeitos a alteração. Livre para todos os públicos
