metropoles.com

Festas que evidenciam a cultura da periferia dominam noite de Brasília

No cronograma da cidade, pelo menos três festas feitas por coletivos populares movimentam centenas de pessoas de todas as regiões e classes

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Batekoo
1 de 1 Batekoo - Foto: null

As periferias, via de regra, são retratadas como locais de violência e pobreza. É fato que essas características fazem parte do cotidiano dessas regiões. Porém, de lá também surgem movimentos artísticos que seduzem pela energia e pelo ritmo. No Distrito Federal, baladas que exaltam essa cultura fazem sucesso e, aos poucos, migram dos guetos para o centro da cidade.

Produtores culturais, oriundos de cidades como Santa Maria, Ceilândia e Brazlândia, promovem bailes pelo Plano Piloto. Neste sábado (25/3), a Favela Vive, produção dos coletivos NoizQCei e Projeto Morro, ocupa o Subdulcina (Conic). DJs da periferia do Distrito Federal comandam o som.

 

4 imagens
1 de 4

Morro/Divulgação
2 de 4

Morro/Divulgação
3 de 4

Morro/Divulgação
4 de 4

Morro/Divulgação

A balada traz as características dos guetos para o Plano Piloto. Segundo André Kelevra, do NoizQCei, o objetivo é fazer um resgate da cultura de periferia e oferecer diversão a um público mais diverso. “As pessoas se sentem mais pertencentes à cidade quando têm uma festa destinada àqueles que são marginalizados”, diz o produtor, criado em Ceilândia.

Reprodução
DJ Tyrone, morador da Ceilândia

A Favela Vive é o primeiro evento do NoizQCei fora de Ceilândia. O coletivo é conhecido por desenvolver o Cei My Name, festa que reúne cerca de mil pessoas na Casa do Cantador. O Projeto Morro é uma idealização de Danton Barros, crescido em Brazlândia. “Primeiro eu fiz um Bloco no Parque da Cidade, para 800 pessoas, sem autorização mesmo. Mas depois eu aprendi e produzi a primeira Morro, na UnB”.

Prestes a completar um ano de existência em 15 de abril, a Morro já está na 12ª edição. Criada com artistas negros, a primeira reuniu 1,5 mil pessoas. “Depois disso, nunca mais deixei de fazer diretamente para a periferia”, comenta Barros. O projeto já passou por Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Plano Piloto. As festas têm edições gratuitas e pagas, com a proposta de dar oportunidades a artistas das regiões administrativas.

4 imagens
1 de 4

Pixelizando/Divulgação
2 de 4

Pixelizando/Divulgação
3 de 4

Pixelizando/Divulgação
4 de 4

Pixelizando/Divulgação

Com a visão de que o movimento ganha força na cidade, a festa Batekoo foi importada da Bahia para o DF. O evento acontece de forma independente em diversos palcos evidenciando o hip-hop, rap, funk, R&B, trap, twerk e kuduros. Produzida por Gabriel Nascimento, morador de Santa Maria, já são quatro edições na capital com público médio de 500 pessoas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?