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Artistas com síndrome de Down revelam desejos e desafios da carreira

Nesta quinta (21/3), é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e o Metrópoles conversou com três artistas que se destacam na cena

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Nesta quinta-feira (21/3), é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma data que destaca a importância da inclusão e celebra a diversidade. Três talentosos artistas que têm brilhado nos palcos e nas telas, desafiando estereótipos e inspirando milhares de pessoas, são os atores Breno Viola, conhecido por seu papel marcante no filme Colegas, Joana Mocarzel, a memorável Clarinha de Páginas da Vida, novela da Globo exibida em 2006, e Tathi Piancastelli, a protagonista da peça Menina dos Meus Olhos.

Breno, de 43 anos, encantou a audiência com sua performance como Stallone, um dos protagonistas do filme Colegas, que aborda a amizade entre três jovens com síndrome de Down em busca de seus sonhos. Sua atuação trouxe à tona a importância de representatividade no cinema e a capacidade de todos em alcançar seus objetivos.

Antes de ser ator, Breno já era conhecido por conta do judô. Ele foi o primeiro atleta Down das Américas a conquistar a faixa-preta no esporte e a representar o Brasil em competições no exterior. Logo após a conquista, ele resolveu apostar na carreira de ator.

“Após o filme, as pessoas passaram a me reconhecer como ator. Até hoje elas me reconhecem pelo trabalho que eu fiz. Viajei para muitos lugares com a produção, que ganhou muitos prêmios, fui até para Rússia. Conheci pessoas maravilhosas, o diretor Marcelo Galvão, a atriz Juliana Didone, a equipe toda. Depois do filme, eu fiz vários outros trabalhos, até tive um quadro no Fantástico com o Drauzio Varella”, conta Breno em entrevista ao Metrópoles.

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Jona como Clarinha, em Páginas da Vida
Tathi Piancastelli
Breno Viola
Joana Mocarzel
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Breno Viola

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Colegas não trouxe apenas reconhecimento para Breno. Foi durante a gravação do filme, que foi lançado em 2012, que ele conheceu sua esposa, Samanta, que foi figurante na produção. Em Colegas e o Herdeiro, segunda parte da trama que será lançada em 2025, os dois atuam juntos.

Apesar de, segundo Breno, ele ter apenas se beneficiado com o trabalho no cinema, o ator quer mais. O sonho de Breno é atuar em uma novela.

“Quero fazer outros filmes e realizar meu sonho de atuar numa novela da Globo. Vejo aqueles tapas e beijos na novela e penso assim: ‘Por que eles podem e eu não posso?’. Também fiz peças de teatro e quero fazer de novo. É só me darem oportunidade, que eu vou mostrar que sou capaz”, completa.

Joana Mocarzel

Joana Mocarzel, a inesquecível Clarinha de Páginas da Vida, que foi reexibida em 2022 na TV Globo, conquistou o coração do público com sua interpretação sensível e autêntica. Sua participação na novela não apenas emocionou, mas também ajudou a promover uma maior compreensão e aceitação da síndrome de Down na sociedade, já que foi uma das primeiras vezes que alguém com a deficiência apareceu em uma novela.

Ao Metrópoles, Joana exaltou a importância do papel para sua carreira: “A Clarinha foi tudo para mim. Ela trouxe representatividade para TV em horário nobre e até hoje as pessoas me mandam mensagens falando que morrem de saudades dela ou que estão revendo a novela por conta dela. É muito especial esse carinho e me motiva a continuar”.

Atualmente, aos 24 anos, Joana estuda na SP Escola de Teatro, do governo de São Paulo, e não esconde sua vontade de voltar para as telinhas: “Eu ia amar fazer uma novela de novo, eu amo atuar em novela”.

A atriz também lamenta que PCDs ainda encontrem dificuldades em conseguir papéis de destaque em produções no meio artístico. “Precisamos de mais atores com deficiência nas novelas, filmes e teatros. Precisamos que nosso trabalho seja valorizado e divulgado”, ressalta.

Tathi Piancastelli

Tathi, de 39 anos, é a primeira pessoa com síndrome de Down do mundo a escrever e protagonizar uma peça de teatro profissional apresentada em Nova York. A peça conta a história de Bela, uma adolescente em busca do amor e da aceitação social. Com elenco de 11 atores, a atriz explora os temas amor e vida em comunidade com o uso de movimento, texto e vídeo.

Com o papel, Tathi ficou entre a 5 finalistas no prêmio Melhor Atriz no Brazilian International Press Awards 2016.

Tathi contou ao Metrópoles que tem o sonho de fazer cinema e participar de alguma novela. A atriz ainda afirma que apesar da visibilidade das pessoas com Down ter melhorado muito de uns anos para cá, a situação está longe de ser ideal.

“É preciso diminuir o preconceito e as pessoas precisam acreditar que somos capazes. Nossa deficiência não define quem a gente é”, ressalta.

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