Após fotografar um tamanduá empalhado, brasileiro perde prêmio
O Museu de História Nacional de Londres desqualificou o fotógrafo Márcio Cabral por usar animal taxidermizado em imagem
atualizado
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Vencedor de prêmio na categoria de Fotógrafo de Animais Selvagens do Ano pelo Museu de História Natural de Londres, o fotógrafo brasileiro Márcio Cabral perdeu a distinção e teve sua foto retirada da exposição montada na instituição. A desqualificação apontou uso de animal empalhado e foi anunciada nesta sexta-feira (27/4).
Uma investigação concluiu que a fotografia The Night Raider (ou O Corsário Noturno) mostra um tamanduá-bandeira taxidermizado.
As três semanas de apuração envolveram um time de cinco cientistas: dois especialistas em mamíferos e outros em animais sul-americanos, taxidermia e tamanduás. Ao final da investigação, os pesquisadores concluíram que o tamanduá da foto estava tranquilo com a presença do fotógrafo porque não estava vivo.
O tamanduá mostra semelhança com o modelo disposto em uma exposição na entrada do Parque Nacional das Emas (foto acima), na região sul de Goiás. Ambos, o da imagem de Cabral e o do parque, estão na mesma posição.
No começo das investigações, Cabral, de 39 anos, negou veementemente que o animal era estático. Depois, quando questionado e apresentado ao animal taxidermizado de Goiás, admitiu que roubou o modelo da exibição e o posicionou ao lado do monte de cupim brilhante visto na foto ganhadora.