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Após cancelamentos, Netflix seguirá investindo em produções nacionais

Apesar de séries como Maldivas e Só se For Por Amor serem descontinuadas na Netflix, serviço anuncia novas produções nacionais

atualizado

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Netflix/Divulgação
Poster da capa Maldivas da Netflix
1 de 1 Poster da capa Maldivas da Netflix - Foto: Netflix/Divulgação

Nas últimas semanas, três séries nacionais foram descontinuadas pela Netflix: Nada Suspeitos, Maldivas e Só se For Por Amor. Delas, as duas últimas foram lançadas cercadas de expectativas pela empresa. Os anúncios, no entanto, causaram certo temor de que os investimentos no mercado nacional estivesse diminuindo.

Ao Metrópoles, a empresa afirmou que seguirá investindo em produções nacionais. “As novas produções brasileiras reforçam o compromisso da Netflix em continuar apoiando o desenvolvimento do mercado audiovisual brasileiro”, afirmou.

Camila Queiroz e Klebber Toledo em Casamento às Cegas Brasil 2 na Netflix
Camila Queiroz e Klebber Toledo em Casamento às Cegas 2

As novas produções de que fala a Netflix estão em processo de gravação ou prontas para serem lançadas. No primeiro caso, já estão no set DNA do Crime; B.O; e Meu Cunhado é um Vampiro.

O filme Ricos de Amor vai ganhar uma sequência, assim como as séries Sintonia, De Volta aos 15, A Sogra que te Pariu e Casamento às Cegas terão novas temporadas. Esta última, inclusive, chega ao serviço em 28 de dezembro.

A Netflix também apontou os títulos Olhar Indiscreto, Um Natal Cheio de Graça e Racionais como apostas do streaming para o mercado nacional.

Mudanças na Netflix

Maldivas marcou a estreia de Bruna Marquezine e Manu Gavassi na Netflix e chegou cercada de expectativas. Só se For Por Amor também trazia elenco estelar e uma trama sobre a música sertaneja. Mesmo assim, não terão continuidade.

Oficialmente, a Netflix não trata a questão como cancelamento. A empresa diz que as obras terão apenas uma temporada e a história não seguirá para uma sequência.

Para a produtora executiva Marina Rodrigues, a questão gera uma insegurança no mercado, principalmente pela falta de direitos patrimoniais garantidos.

“Cancelamentos são uma questão natural de mercado, mas quando você não pode mais recorrer a licenciamentos (porque em contrato você concorda em ceder os direitos da obra para o serviço), você se prejudica financeiramente. Na história das séries de TV temos muitos exemplos de produções que não deram certo em algum canal e foram adquiridas por outro por fazer sentido ter mais temporadas ou uma finalização. No Brasil isso não acontece mais no streaming, que infelizmente virou praticamente um bote salva-vidas de um governo que não investiu”, avaliou.

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