Apaixonada pelo Brasil, dinamarquesa tenta fazer sucesso como funkeira
Com o ritmo acelerado do funk, Fefe transforma tudo em música, incluindo desde o programa Casos de Família até o metrô do Rio de Janeiro
atualizado
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Frederikke Palmgren é a dinamarquesa mais brasileira que existe. A mulher morou no Rio de Janeiro por alguns anos e a paixão pelo país foi tão grande que virou um canal do YouTube dedicado à cultura brasileira. Entre os seus amores, está o funk.
O sentimento cresceu e virou uma carreira musical. Nos palcos e vídeos, Frederikke Palmgren se torna Fefe Life e, há quatro anos, começou a publicar seus clipes, mostrando uma relação próxima com funk de rua. Com as batidas aceleradas em 150 bpm marcando presença, tudo que é brasileiro vira música, incluindo desde o programa Casos de Família até o sucesso Metamorfose Ambulante, de Raul Seixas.
Mesmo morando longe, Fefe segue firme e forte. A carreira como cantora continua e a artista prepara grandes novidades para 2022, incluindo singles e clipes. Enquanto isso, continua filmando sua forte ligação com o Brasil e seu povo.
Vida no Brasil
A relação de Fefe com o Brasil é antiga. “Quando eu era pequena, com uns 10 ou 11 anos, na escola tivemos que fazer um projeto sobre o país que mais gostaríamos de visitar. Eu lembro ter escolhido o Rio de Janeiro e ter pesquisado sobre Carnaval, arroz e feijão e a floresta amazônica”, recorda.
“Desde então foi meu sonho maior conhecer o Brasil. Um dia fui para o Rio de Janeiro de férias, mas acabei não usando meu voo de volta. Achei um trabalho num hostel onde não me pagavam nada, só me deram uma cama numa garagem com outras pessoas e café de manhã de graça, mas eu estava feliz porque eu estava morando no Brasil”, continua a funkeira.
Com saudades da família, Frederikke decidiu voltar para a Dinamarca. Porém, com as fronteiras fechadas, ela e seu esposo só conseguiram chegar até a Suécia, onde tem vivido desde então. Apesar disso, Fefe tem planos de retornar ao Brasil e mantém viva a paixão pelo país.
As opiniões de uma gringa sobre o país são bem recebidas. O problema é quando ela fala em política, principalmente nos momentos em que critica o atual presidente. “Sou gringa sim, mas o futuro do Brasil me importa muito e vou usar a minha voz”, defende.
Entre a Dinamarca e o Brasil
Apesar de um oceano de distância, Fefe vê semelhanças entre o país de origem e as terras brasileiras. Ela analisa que a cultura de amar festa é bem parecida, muitas pessoas dizem que Dinamarca é o Brasil da Escandinávia.
Na Suécia, a vida é bem diferente do que a funkeira está acostumada. Lá não fez nenhum amigo, ao contrário do que viveu no Brasil. Outro contraste é a vida das ruas, o movimento e a diversidade de quem povoa as vias urbanas.
“Na Suécia, na rua não acontece nada, porém no Brasil eu poderia só sentar numa cadeira fora da minha casa e gastar horas observando todo mundo, pessoas vendendo coisas, dançando, comendo, rindo, conversando. Se eu me sentia triste no Brasil eu simplesmente saía na rua, e ficava bem de novo”, recorda.
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